SISMÉRIA - adeus á sibéria

SISMÉRIA - adeus á Sibéria

Eu gosto da sinceridade distraída

ela tem vontade de atacar o centro

não usa a mediocridade de guerra

dos mitos que invocam pudores

do sossego encontro de fantasias

o que estas roupas mais que finas

que sejam estas e aquelas todas

muito loucas afim de exibição

escondem muito do que sente

eu não estou afim de abri-lo

no engano aberto alguém é culpado

insano adequando estreitos

que deixo pra querer avançar

me sinto mais tranquila

com o o ataque certeiro perfeito

quando não tenho como voltar

quando fico sem respirar direito

o quantum de você vira uma urticária

venosa fico vermelha

viro raposa quero roubar as joias

tirar proveito dos pequenos fios

de cabelo que aparecem da camisa

aberta que seca toda umidade

preciso da algo pra garganta

não vou dizer que sou santa

já bebi toda imensa semiótica

do horoscopo e não tive sorte

devia estar sobre o efeito lua decadente

esperando crescente fiquei

amargando inválidos frente

as vitrines de apostas

quem seria o próximo

é tão tedioso um instrumento sem cordas

o adereço de parede apenas serve

mas não me dá nenhuma bola

não consola o orgasmo de efeito

o orgasmo não tem efeito duradouro

são simples as desculpas

sorrir pra aturar o " ficou satisfeita"

mas quando deita de lado e vai dormir

vou querer morder os lençois

tenha esse sol fogo do inferno como tenho

prefiro não ser religiosa

adorar os pecados entregar oferenda

onde meu corpo aparece

de surpresa em meio as frutas

colhidas no bosque

tenha certeza do choque

do embate se for no banheiro

se for rasteiro no chão sujo

abusos me esfregue as areias sobre

todo corpo faça do medo de machucar

a força que invade

podemos nos amar neste momento

o infinito é tão longe

"prefiro depois descansar".

MUSICA DE LEITURA: The Stooges - I need Somebody