SISMÉRIA - o sintoma de sangue
SISMÉRIA - o sintoma de sangue
Se o dia fosse a vingança dos Deuses
porque a chuva não para e sempre
depois vem um vento alucinado
quer me levantar feio folha o ar
me levar pra perto das pequenas ofensas
criando a mágoa dos incautos
todos autos encostados na parede
se o dia viesse a ser minha ultima chance
talvez um lance com eles
provocasse o fim da fissura constante
de tarde acordo amante
na noite procuro quem deseja ser
o que eles tem atras do corpo
porque estão de mãos atadas
a sensualidade vestiu malhas vazias
daquela fria menina que surge
querendo estar escondida
eu vim pronta pro recado assinado
nos olhos quase hipinóticos
um anseio dos lunáticos talvez faça diferença
mas eles não estão afim de sair do lugar
ficam me chamando num sorriso
leviano quer te ofereça primeiro
mulher do caos pela beleza com
sintoma de fera de gata desata
nossa firmeza de orgulho de tribo
eu e meus amigos somos agora
a espera pelo teu desejo ser sugado
de lábios de pele de rosto suado
numa orgia onde as misérias
da razão não são nada perdem vontade
o corpo domina o tempo
quer dominar o tempo venham comigo
do verão que tenho guardado
nesse inverno que parece acontecer
existe a variedade insiste uma tonalidade
que só fica de um cor que afronta
por que ela é sintoma de sangue
o sintoma de sangue quer penetrar
quer buscar o verdadeiro encontro
vamos ver o encontro das rugas
do outono aquelas lutas que não
cessam que querer que todo poder
do teu ego possa entrar sem pertencer
seja desse tamanho seja de qual tamanho
seja de todos os tamanhos
eu ganho mesmo é no prazer final
os sais do movimento
que o alimento me traz...devora-me!
MUSICA DE LEITURA: The stooges - I NEED SOMEBODY