O moleque e a chuva!

Bom dia Bancada! Aqui chove lá fora. Eu lembrando de outrora. Daquele moleque matreiro. Tomando chuva no terreiro. Correndo sem rumo. Enxarcado pela água e pelo barro. Mas, com chinelo nos pés. E na afrouxada correria. Deixava suas marcas; Respingos de lama nas ancas. Que deixavam mamãe no desespero. E o guri não via o estrago. Aquela rocupa imunda. Com barro até a bunda. Tudo era festa. Até cessar tudo. Aí vinha o castigo. Lavar a imundice. Despojar-se da meninice. E sob o tom áspero de uma adulta enérgica. Agora só choro de tristeza. A dificuldade de se alvejar tanta sujeira. Em plena luz de segunda-feira. Sob olhares curiosos da vizinhança. Aquilo virou humilhação pra aquela pobre criança!

Machadinho
Enviado por Machadinho em 11/12/2016
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