SISMÉRIA - de casos
SISMÉRIA - de casos
Ele vestiu preto encarnado
desde os olhos até os membros invocados
qu'eu podia ver pelo volume
podia sentir ele
quando invadiu minha respiração
oprimida só pude entregar-lhe meus dedos
entregue palmas medonhas
perderam a vergonha logo abriram
pr'a enaltecer ainda mais
crescia louco um tesão tendencioso
a chegar onde podia sair pela
saia levemente levantando livre
sem vento assoprada pelos
anseios reais penetrantes
veio do luto cativo de uma frígida
que arrumava tão bem a cama
desarmada de volúpia
dormia confusa com algum beijo
mais preciso uma lingua na vagina
imagina a crença sobre o mito
do casamento ter objetivos
e passiva sorria pra "dormir de graça"
ele me via pela vidraça nuvens
da fumaça relva desenhada
venha conter-me permita
receber o frio ordinário que ela tem
do calor em vias térreas cada
vez mais subindo
tenho mais talento do que
masturbar-me sozinho
escrito nos suores que evaporam
e que vieram pedir-me
estava ausente de corpo
estava presente como louco
só precisava dizer na malicia
de um seio abrindo perto das mamas
venha me ame não comece aquela
prece otária quermece divagando
sobre quem dorme
cometa um assassinato
ela merece o sono das herdeiras
que perderam o nascimento da mulher
pra viver aqueles entediantes papeis
que representam só'mente por terem
estes tão lindos aneis brilhantes
este seu ofuscado pela roupa
me parece mais interessante...
MÚSICA DE LEITURA: THE DOORS - Orange country suite