A CHEGADA MAGISTRAL

Quando o avião tocou no solo do aeroporto José Martí em Havana, o dial do tablet do encosto da poltrona registrava o numeral digitalizado 11:12 - 28:04:2015, no horário local.

Já tínhamos feito os trajetos Fortaleza - Recife - Cidade do Panamá e agora chegávamos em Havana com pousos precisos, embora esse aqui em Cuba tenha sofrido a ação vigorosa do gradiente do tempo quente que dificultava a aterrissagem, fazendo o avião balançar na aproximação.

Mesmo vivenciando esse pequeno desconforto, no exato momento do pouso, fomos surpreendido pelas calorosas palmas dos passageiros que, espontaneamente, numa interação coletiva, tiveram a mesma manifestação, como que saudando a nós mesmos por termos escolhido a ilha "pérola do atlântico" para conhecer.

Ao meu lado, Celina, como que surpresa, me olhou com seus olhos de mar caribenho molhados denotou a intensidade da emoção que lhe cobria naquele instante, quando se concretizava um velho sonho nosso de conhecer essa utopia que a histórica da revolução cubana gerara.

Confesso que em mim não foi intensa assim a reação, pois estava absorto em observar o terreno embaixo do avião que se apresentava árido com pouca vegetação natural e quase nenhuma cultura agrícola ou pastoril, bem como a rara presença de concentração humana.

Desembarcamos e fomos para o hotel descansar da longa e cansativa viagem que exigiu paciência para esperar os entre voos e concentração para acertar os balcões, portões e horários de embarque.

thiticobomfim
Enviado por thiticobomfim em 17/12/2016
Reeditado em 01/01/2017
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