Massacre de presos em Alcaçus - RN

As rebeliões em presídios no país estão se alastrando como uma erva daninha em uma plantação; está faltando um tratamento com herbicida. São tragédias anunciadas devido às condições precárias, superlotações e domínio de facções criminosas.

O Brasil tem a quarta maior população carcerária do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos, China e Rússia. Os EUA têm mais que o triplo de presos e não passam pela mesma situação. Então o problema não está na quantidade de presos, mas na falta de presídios e segurança!

Desta vez o massacre aconteceu na Penitenciária de Alcaçus, em Nísia Floresta, região metropolitana de Natal, Rio Grande do Norte, onde facções do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Sindicato do Crime RN (aliado da Família do Norte e Comando Vermelho) entraram em guerra na tarde de sábado até pela manhã de domingo (15-01-2017) resultando em 26 presos decapitados e 09 feridos. Na revista policial após a rebelião foram encontradas armas de fogo artesanais e armas brancas.

Conforme autoridades, a maioria dos presidiários do país tem ligação com organizações criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, Comando Vermelho, do Rio de Janeiro, Família do Norte AM e Sindicato do Crime RN que controlam o tráfico de armas e drogas, financiam assassinatos, sequestros, roubos, furtos, etc. As facções ainda brigam pelo controle de drogas dentro dos presídios, além de outras regalias.

A meu ver, a redução de presos e a construção de mais presídios só amenizam o problema, não é a solução. É preciso investir em mais segurança nos presídios, onde presos e carcereiros têm menos contato físico e eliminação de cadeados. É preciso investir em mais policiamento ostensivo e preventivo nas cidades, com mais policiais, viaturas e equipamentos de última geração. É preciso investir no combate às drogas nas escolas e em pontos críticos. É preciso ainda investir no combate ao tráfico de drogas e armas no âmbito internacional, com mais fiscalização nas fronteiras por terra e ar, e ainda fiscalizar nossa costa marítima. São soluções a longo prazo que dependem de muitos investimentos. Mas é preciso começar!!!

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 16/01/2017
Reeditado em 18/01/2017
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