As coisas boas da velhice!

Não leu errado! Vou enveredar e buscar entender esse mundo muitas vezes tratado de modo jocoso. Que me perdoa o grande mestre Voltaire em seu ensaio Cândido, mas vou dar meus “pitacos” Fui pego de surpresa pelo meu neto de dez anos. Vô … é bom ser velho? Naquele momento surpreso pela pergunta respondi de bate pronto: É bom, muito bom.........Ele vendo meu entusiasmo abaixou a cabeça por um instante pensativo retrucou: “Mais vô quais são as vantagens?” Em clima de brincadeira respondo: Bem! Posso passar na frente nas filas, andar de ônibus e metro sem pagar, tem lugares que meia entrada são destinados para estudante e os idosos etc. Vi em seu semblante que meus argumentos não tinha convencido totalmente. Depois de um olhar fixo na minha pessoa, com uma certa dose de cumplicidade resmungou “Vai nessa vô”. Lembrei dessa passagem ontem, olha que já faz um tempinho, mas recordando a cena fico até emocionado. Me pergunto: E agora quais seriam a minha resposta. Será que continua as mesmas vantagens? Porém eu acrescentaria nessa altura do campeonato não temos de provar mais nada a ninguém. Ei meu neto cada ano vejo que valeu a pena ter conhecido sua vó. Mas deixando o saudosismo de lado, precisamos aprender envelhecer, e lembrar que ao nascer o processo do envelhecimento esta embutido no DNA. O poeta e escritor Mario Quintana dizia: “com o tempo, não vamos ficar sozinhos apenas pelos que se foram. Vamos ficar sozinhos uns dos outros.

Temos que vencer a solidão não somente no começo da vida quando temos mãe para amparar-nos, mas fazer um exercício permanente para nunca sentimos desamparados, afinal ninguém quer ficar perto de um rabugento.