O Andarilho do Mundo

Eu já estive em todos os cantos que você possa imaginar. Por onde você pisar, eu já pisei. Por onde você dormir, eu já descansara minha mente e por onde você sofre agora, ah, eu também já sofri. Não o bastante para chutar o balde, porém, o suficiente para entregar-me ao mundo.

Atravessei desertos, cidades, estados, países... Viajei de trem, peguei caronas e caminhei na maioria das vezes, por toda a estrada. Deve estar passando, inconscientemente, na sua cabeça que estou no fundo do poço. E foda-se, estou mesmo. E tem bastante água pra mim.

Nunca me senti tão feliz como agora. A vida agora faz sentido, tem um motivo, e fui eu quem fez tudo isso; e você não sabe o que está perdendo. Por que esperar para morrer como um rato quando se pode morrer como um gato?

Levante-se e faça algo memorável. Acenda a chama e a mantenha acesa até que tudo exploda bem na sua cara! Ganhará algumas marcas pela batalha, mas para conseguir água, você precisa ir mais fundo, ou afundar logo tudo de uma vez.

Todos nascem e morrem uma vez na vida, então porque não fazer isso todos os dias? Você nasce em algum lugar pela manhã e morre em outro canto diferente. A decisão é sua, a experiência é sua, a vida é sua. A faça valer a pena para você — Nasça e morra. Todos os dias. Para sempre. Sempre.

L M Bisouri
Enviado por L M Bisouri em 27/01/2017
Reeditado em 04/07/2018
Código do texto: T5894599
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.