Insegurança em Natal e Alcaçus

O estado do Rio Grande do Norte é um dos 26 estados da República Federativa do Brasil, e está situado na região Nordeste; tem uma área de 52.811.126 quilômetros quadrados, maior apenas que o Espírito Santo, Rio de Janeiro, Alagoas e Sergipe. Com uma população em torno de 3 milhões de habitantes é o sexto estado mais populoso do Brasil. Quem nasce no Rio Grande do Norte tem o gentílico de potiguar ou norte-rio-grandense.

O Rio Grande do Norte possui o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e a maior renda per capita do Nordeste. Quem vive no estado tem a melhor expectativa de vida do Norte-Nordeste, podendo chegar a 75, 5 anos, a nona do país. O estado tem 400 quilômetros de litoral com praias paradisíacas e clima favorável para a produção de sal; e é o responsável por 95% do sal produzido no país. Por estar em uma das esquinas da costa brasileira, é o caminho mais próximo para se chegar ao Senegal no continente africano, distante cerca de 3 mil quilômetros.

A cidade do Natal é a capital do Rio Grande do Norte, e foi fundada em 25 de dezembro de 1599, às margens do rio Potenji e à beira mar. O nome Natal e o dia 25 de dezembro é uma homenagem ao nascimento de Jesus Cristo. A cidade está situada em uma área de 167 Km², maior apenas que Vitória, capital Espírito Santo. Com uma população em torno de 900 mil habitantes é o décimo nono município mais populoso do país. É uma cidade histórica e turística, por concentrar eventos de grande repercussão, como a Feira Internacional de Artesanato (FIART) e o Carnatal. É ainda conhecida como a “Capital Espacial do Brasil”, por abrigar em Parnamirim, região metropolitana, a primeira base da Força Aérea Brasileira para lançamentos de foguetes da América do Sul, ou Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLB) ou Barreira do Inferno.

Em Nísia Floresta, grande Natal, está localizada a Penitenciária Estadual de Alcaçus com capacidade para 620 presos. Em 11 de março de 2015 uma rebelião que durou 8 dias culminou com a destruição das celas dos pavilhões 1 e 4, e os presos a partir de então ficaram soltos e assumiram o controle do presídio. Em contrapartida, o Governo se absteve de reformar o presídio com o argumento de outra destruição. No dia 14 de janeiro de 2017 o presídio abrigava 1083 presos, quando aconteceu a maior rebelião em presídios no Estado. Conforme autoridades, presos da facção criminosa Sindicato do Crime (RN) contidos no pavilhão 5 motivados pelo controle de drogas invadiram o pavilhão 4 e mataram e decapitaram 26 presos da facção do Primeiro Comando da Capital (PCC).Após a invasão da Polícia, a rebelião foi controlada, mas os presos continuaram soltos pela falta de celas, sendo as facções separadas por contêineres até a construção de um muro.

A guerra pelo tráfico de drogas e armas se estende para fora dos presídios, tornando a cidade de Natal um terror com altos índices de assassinatos e vandalismo como incêndios a ônibus. A pedido do Governador e Prefeito, a Força Nacional interveio na manutenção da segurança pública. Passados 17 dias o caos em Alcaçus continua devido a destruição de vários pavilhões e os presos ainda estarem soltos. O Governo precisa esvaziar o presídio para a sua reforma, mas anunciou a sua desativação e construção de um novo presídio em um local apropriado, já que Alcaçus foi construído em uma região de dunas, que facilita escavação de tuneis e fugas. Realmente não há outra solução, que não seja investir na construção de presídios e investir em segurança pública, com mais policiais, viaturas e armas.

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 31/01/2017
Reeditado em 31/01/2017
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