Esconde-esconde
Acabo de ver crianças na minha rua brincando de esconde-esconde.
A minha reação de alegria, aqui, só poderia ser transmitida de forma debiloidal.
Uma menina se esgueirava atrás do contador.
Seu desejo de ser salva ultrapassava todos cristãos que já tive oportunidade de conhecer.
Esconde-esconde tem uma pureza imedida.
O contador se vira.
"Um, dois, três, to salvo" - Diz ela.
Sem religião alguma - estava salva.
Ele briga com ela pela trapaça.
Ocorrem discussões.
Eles discutiriam regras inexistentes da brincadeira - advogados e juízes de um mundo sem leis.
Voltariam a conversar momentos depois.
Lembrei da minha infância.
Quando foi que trocamos isso por Minecraft?