Carnaval e política – os pontos comuns

O Carnaval como citado num artigo do caro Agamenon violeiro (Breve pincelada sobre o Carnaval - publicado no Recanto) foi uma festa pagã autorizada pela Igreja Romana para extravasar alguns instintos mais promíscuos antes da sagrada Quaresma (lembrada por um sofrimento religioso).

Uma pergunta que se faz tão natural quanto despretensiosa – E quando esses instintos não passam ? O que ocorre em conseqüência ?

Os instintos afloram: sofisticam-se em pornografias, arte onírica, vampirismo pagão, infantilidade moral, perversões a perder de vista.

Desde os escritos do Gregório de Matos (poeta brasileiro do sec. XVII) essa sentença tem perdurado nas ilhas brasilianas: o sagrado em bonitos vitrais, em matrimônios tradicionais, em missões jesuíticas. Porém, no chão barroco se pisa no contraditório: o profano da cachaça em festas de largo, a política aviltada por corsos e crocodilos. Eles andam de iates poluindo os mares com seus discursos sóbrios, suas gravatas borboletas, seu paganismo tosco, sua vagabundagem que invejaria os personagens vadios de Jorge Amado.

Todavia, não serei demasiado repetitivo, em respeito ao leitor, descrevendo vícios dessa gentalha que não honra o titulo de conterrâneo. Posso ao menos tecer um último comentário: A lei do eterno retorno continua operante : - Os bons e maus prestarão suas devidas contas.

Vinicius Santana
Enviado por Vinicius Santana em 11/02/2017
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