Tecendo questionamentos sobre impulsividade
 
 
     Na contemporaneidade o que está exposto é o gozo imediato seja nas relações, nos jogos, nas compras compulsivas, no alimento sem saciedade, na palavra sem filtro, sem ouvidos que permitam ouvir o outro sem interrupções, sem apontamentos, sem “verdades”. Autoritarismo sem autoridade, sem ética, sem estética, é a vida sendo engolida a seco, rasgando os véus da privacidade.
      É o abuso que ressoa naturalidade, sem borda, sem crítica. É a violência com ares de “justiça”. É a fome que nos consome em um vazio existencial. É a impulsividade da palavra, do ato, da prática, da quebra do silêncio. Embora nessas áreas as perguntas ainda excedam as respostas. Que resposta menos imediata podemos conceder?
 


Águida Hettwer