O não escrever

Tem momentos que o sentimento é múltiplo,

Vários vazios preenchendo os pensamentos,

E em todas não escolhas o escrever se faz ausente...

Existe sempre uma razão de ser, um porque, um até,

Mas o escrever também se ressente

As vezes se pergunta e também se esconde

Faz troça, refuta, regozija-se e zomba de si mesmo.

É nestes instantes que o escritor percebe que está sozinho,

Sozinho no seu próprio conteúdo mesmo que vasto,

Sozinho no andar estacionário dos segundos arrastados,

Sozinho no pesar de ideias, no cansar do mal acordado.

Eis que uma joaninha pousa na ponta do nariz,

Uns dizem que pode trazer sorte,

Outros para trazer mudanças,

Eu, apenas acho que, para distrair o texto...