A moça na água

Nadar ela não sabia, mas boiava com excelência, melhor até do que muitos nadadores por aí.

Um dia, passeando em Morretes, decidiu entrar no rio para se refrescar um pouco, pois estava muito quente. Decidiu que boiaria e deixaria ser levada pela correnteza das águas. E assim o fez.

Ela trajava um vestido vermelho que contrastava com a cor de natureza do local. Era a Rosa que enfeitava aquele rio.

Viu o céu de um ângulo nunca visto antes. Um céu azul límpido com algumas poucas nuvens brancas. Um espetáculo!

Passou boiando por baixo da Ponte Velha onde muitas pessoas transitavam e algumas a observavam. Ignorou aquele emaranhado de gente e voltou a olhar o céu. E se entregou àquela meditação, àquele momento só entre ela e Deus, entre ela e a natureza que a cercava de todos os lados.

E lá de cima se via a moça na água, de uma pele branca, cabelos longos e escuros, e vestido vermelho. Uma Rosa vermelha a sangrar o olhar dos observadores hipnotizados.

Nota: Por um momento pensei em dar detalhes do vestido vermelho, se seria longo ou curto, se seria largo abaixo da cintura ou justo, tomara que caia ou de alcinha, o tom de vermelho poderia ser melancia ou tijolo; entretanto mais uma vez optei pela liberdade do leitor. A leitura é sua, o vestido é seu, é como você o imaginar.

Joalice Dias Amorim (Jô)
Enviado por Joalice Dias Amorim (Jô) em 14/03/2017
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