TENTANDO CONSERTAR A SI MESMO

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Terça-Feira, 4 de Abril de 2017

    Até algum tempo atrás eu não sabia dominar a minha emoção. Digamos que a possuía de forma intensa e inesgotável. Sem o devido controle, o que me trouxe muitos dissabores nessa minha vida. Mas a partir de um estudo que frequentei em uma entidade fraterna, que possuía um trabalho voltado para análise pessoal, aprendi a lidar com esse tipo de assunto.

    É óbvio que isto não é exatamente uma questão simples, até pelo contrário, por que obriga a pessoa a trabalhar a sua mente em todas e quaisquer circunstâncias da vida. E o trabalho não é fácil, porque quando se envolve o cérebro, tudo se transforma numa complexidade extrema. E comigo não foi diferente.

    Mas valeu a pena tal conhecimento. Porque me fez buscar o meu próprio equilíbrio, coisa que não possuía, pelo menos na quantidade certa para escapar das muitas armadilhas que o mundo e a vida nos prega. E hoje posso dizer que consigo livrar-me de muitas delas nesse cotidiano pesado em que vivemos, principalmente nesses tempos modernos.

    Através da auto análise uma pessoa consegue identificar suas falhas e dificuldades diárias, digamos. E a partir daí, quando identificadas, é saber trabalha-las, evitando-as, eliminando-as do seu dia a dia, escapando, assim, das muitas dificuldades que se nos apresentam diariamente.

    A natureza humana é de uma complexidade intensa, profunda e imensa. Porque cada um de nós é o que classificamos como ímpar. Daí que as relações interpessoais sempre nos apresentarão circunstâncias pesadas, ao ponto de algum de nós, talvez a maioria, não saber lidar com isso, bem como com o seu desfecho positivo ao final de cada uma delas.

    Do meu lado, sempre soube ser de trato difícil. Também sempre soube ser uma pessoa que manifestava impaciência e intransigência  em muitas das circunstâncias que me envolviam. Tais coisas causaram em mim um estrago que só eu sei o tamanho. E que só consegui identificar tais dificuldades, exatamente através do processo da auto análise, onde identifiquei meus pontos fracos e falhos.

    A partir daí é que consegui colocar em equilíbrio, pelo menos em grande parte das vezes que se fizeram necessárias, as ações de controle e domínio das minhas reações, buscando neutralizar aquelas propriedades nocivas que tanto me atrapalharam na vida. Mas é necessário frisar que cada um de nós age diferente. Até mesmo ao aprender essas coisas. Daí as complexidades existenciais entre todos.

    Mas há necessidade da pessoa não perder a sua naturalidade geral. Ou seja: não nos transformaremos em anjos nem em santos, engolindo sapos todas as vezes que eles se nos apresentam. Não é isso. Apenas aprenderemos a dominar as situações, principalmente as pesadas que nos desafiam, sabendo lidar com elas e buscando o desfecho que nos seja positivo, ao final delas. Aí sim, estaremos aptos a enfrentar o mundo e todas as situações que nos venham incomodar.

    E é óbvio que nesses dias atuais, tal esforço tem se redobrado em virtude do grande aumento da desfaçatez nas pessoas no mundo, o que provoca e promove certos desequilíbrios emocionais em quase todos. E assim é que se faz necessário equilibrar a mente e o pensamento nessas horas desafiadoras.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 04/04/2017
Código do texto: T5961274
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