Pra Lá de Marrakech
Por: Alexandre ď  Oliveira
 
Nem sempre a gente sabe como começar a fazer uma travessia de um lugar para outro bem distante mesmo. Assim eu tive em Singapura duas vezes, a primeira vez quando passei por lá e pude ir em terra depois de mais de vinte e poucos dias mar adentro muita das vezes saindo do Porto do Rio de Janeiro, propriamente de Angra dos Reis.
Era uma travessia penosa, um tanto contra a nossa própria vontade, mas tínhamos que fazer, era algo como tivesse dolo, sim. Principalmente por causa de fuso horários  que trocava quase em cima um do outro, dentro de poucos dias a troca de hora nos deixava exausto e a maioria das vezes na ida íamos lavando tanque, uma faina braba que só mesmo aqueles que estão acostumados é que entende o que eu digo.
Depois na volta era mais tranquilo víamos direto para o Brasil, ou algum Porto da Ásia, ou Europa , trazíamos bebidas e algumas lembrancinhas para nossos familiares, ou algo pra dar de presente algum amigo.
Mas teve certa vez que eu comprei umas ampolas de Ginsen, meu caro, um parente meu quando viu essas ampolas de Ginsen aloprou, queria de todo jeito comprar todas as ampolas, dava o preço que eu quisesse e eu sem saber o motivo, terminei dando a ele e  ele ficou muito feliz, me agradeceu por tudo e algo mais . Só por isso você precisava ver a cara do cara.
Estampou em seu rosto um sorriso louco de felicidade, e só depois é que eu vim saber o por que. Segundo dizem que o Ginsen serve para disfunção erétil e tem uma propriedade que levanta defunto após o terceiro dia.
E essa pessoa pelo que me consta já estava pra lá de Marrakesh.