VIAGEM AO PANAMÁ

A construção do Canal do Panamá trouxe grande benefício ao país, tais como melhoras na infraestrutura operacional, na área da saúde e no aspecto arquitetônico, com altos edifícios a emprestar-lhe um visual de cidade cosmopolita. O país recebeu influência cultural de outros congêneres. De 2002 a 2005, a população panamenha cresceu com o ingresso de 25.000 canadenses e 300.000 colombianos.

Na capital panamenha, funciona importante zona livre ou zona franca, considerada o maior centro importador e distribuidor do mundo. Apesar do pouco tempo de estada na cidade, constatamos um comércio ativo e preços convidativos.

Alugamos uma van e percorremos a cidade com excelente motorista, experiente guia turístico que nos conduziu por interessantes lugares, contemplando o mar, altas edificações, jardins e espaços culturais da bela cidade panamenha.

O corolário desse passeio foi a visita ao Canal do Panamá. Gosto de pronunciá-lo por completo, distinguindo-o de mero sulco ou vala por onde escorre água. O Canal do Panamá não é um simples caminho, uma via qualquer. É o Canal do Panamá. Este de que lhe falarei a seguir.

Reproduzo dizeres de um folder largamente distribuído nas dependências da administração do Canal. Eis o que ali está escrito:

"O Canal do Panamá é o resultado da história e coragem humanas que remonta ao início do século XVI quando os espanhóis chegaram ao istmo. Desde aquele momento, surgiu a ideia de construir uma rota que ligasse os oceanos Atlântico e Pacífico.

O primeiro esforço determinado a construir uma rota com toda água através do Panamá foi liderado pelos franceses em 1880, mas um escândalo envolveu a empresa que acabou com a iniciativa.

Quando o Panamá consolidou sua independência, em 1903, pactuou com os Estados Unidos a construção do canal, obra que foi concluída por aquele país em 15 de agosto de 1914 e que depois a gerenciou até o ano 1999.

O Canal do Panamá funciona como um atalho marítimo para poupar distância, tempo e custo no transporte de todo tipo de bens. Com uma extensão de 80 quilômetros, aproximadamente, a via comunica os oceanos Atlântico e Pacífico num dos pontos mais estreitos do istmo do Panamá e do continente americano.

Desde sua abertura, em 1914, o Canal já facilitou mais de um milhão de trânsitos de navios de países de todo o mundo. A histórica marca foi atingida no dia 4 de setembro de 2010, com a passagem do Fortune Plum, um navio graneleiro.

A via interoceânica opera mediante uma série de três jogos de eclusas, de duas vias cada um, que servem como elevadores de água que sobem as embarcações ao nível do lago Gatún, a 26 metros sobre o mar, para permitirem a passagem pela Cordilheira Central e depois baixá-los ao nível do mar ao outro lado do istmo.

Com sua abertura, o Canal do Panamá transformou o comércio mundial através da redução de tempos, distâncias e custos entre os centros de produção e os de consumo. Hoje, a via interoceânica liga 144 rotas marítimas que chegam a 1.700 portos em 160 países, posicionando o Panamá como um centro de transporte, logística e serviços".

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Deixei para comentar nossas incursões pelos restaurantes de Bogotá, Cartagena e cidade do Panamá, depois de narrar toda a viagem, encerrada em 16 de janeiro de 2017. Quinze dias após deixarmos Brasília, ali estávamos de regresso, saudosos dos filhos, netos e dos bons amigos.

Neste último capítulo, não citarei nomes dos estabelecimentos gastronômicos onde desfrutamos bons momentos, seja pela comida ou em virtude da descontração auferida nos instantes que antecederam as refeições. Os nomes dos restaurantes visitados já foram citados no decorrer desta narrativa, exceto o do restaurante localizado na Praça das Armas do Fuerte San Sebastian de Pastelillo, construído em 1743, onde almoçamos numa belíssima tarde de sol, contemplando maravilhosa vista da baia de Cartagena, apinhada de embarcações.

Assim foi a nossa viagem à Colômbia, com passagem pelo Panamá. O nosso pequeno grupo estará reunido em um jantar, no próximo mês de maio, em minha residência, oportunidade em que relembraremos agradáveis momentos, refletidos em centenas de fotografias exibidas em aparelho de televisão, em paulatinos espaços de tempo, sob fundo musical de músicas caribenhas. Por ocasião do modesto evento, este cronista autografará o livro que produziu sobre a viagem, intitulado Amigos, eu vi... e vou lhes contar.