Diario de Bordo - Primeiro Ato #O ENCONTRO

Hoje pela manha acordei com uma sensação boa, poucas vezes isso acontece tão naturalmente, geralmente me sinto meio distraído e com os pensamentos agitados.

Vesti uma roupa e fui para o trabalho, no caminho, humanos materializados de aforias, cabroches enfeitiçado pela rotina imediatista. Em alguns momentos quando me flagro olhando a síntese de rostos desconhecidos no trânsito observo pessoas disfarçando suas infames ambições em um termo e gravata querendo vender uma imagem diferente do que são. E assim pela manha refiz minhas percepções, ao chegar ao destino o qual recebo mensalmente no ultimo quinto dia útil meu sustento, sentei na minha mesa, liguei o computador sem pressa, enquanto o PC iniciava tive a nítida impressão que o tempo não obedecia minha consciência, e que estava sendo tolo em pensar que aquele tempo que percorri de casa ao meu trabalho não significava nada, somente e puramente um tempo pré determinado diário que fazia todos os dias, fiquei em silêncio e recordei que já estávamos em Abril e o que eu estava fazendo para mudar as minhas insatisfações, nada, não estava fazendo nada, por um minuto fiquei sem ar, paralisado, lembrei que aquela sensação de bem estar sumia aos poucos, então, tomei uma doce de musica para acalmar meus tremores que levava consigo a notória realidade fantasiosa que construía naquele instante.

Levantei, peguei uma xícara de café, acessei o Google e pesquisei sobre cidades que gostaria de visitar antes do fim da vida, e me questionei por que ainda não fiz isso? Por que? Tanta gente com tão pouco fazem coisas grandes e eu aqui conformado com a minha rotina,

um colega interrompeu meus pensamentos, ele queria fazer uma piada daquelas de tiozão, falando do time de futebol dele, prestei uma solidariedade e sacrifiquei meus ouvidos a escutar ele, mesmo sabendo que era um saco, quando ele terminou fiquei aliviado e voltei a navegar na internet.

Ao fim do expediente não tomei o rumo de casa, fui ao bar de um amigo, na W3 sul mesmo sabendo que o bar só abriria ás 22 horas e eu chegaria la por volta das oito, contava com a esperança de um dos garçons que tomava de conta deixasse eu beber sossegado mesmo fora do horário do bar, gostava daquele bar, daquelas pessoas e isso era uma motivação pessoal de gastar meu dinheiro no estabelecimento. Quando cheguei estacionei meu veículo um pouco distante para evitar que algum conhecido pedisse carona, meu carro um Marverick laranja com um motor turbinado e bancos em couro, era meu mimo, quando me aproximei do bar, observei que uma garota sangrando saindo do bar, a garota tentava correr, mas ferida sua força era limitada, quando de repente saiu um cara, nunca tinha visto aquele homem, ele correu atrás dela, em questões de segundos tive que tomar uma decisão, quando ele se aproximou dela para um golpe fatal eu de surpresa bati na cabeça dele com uma pedra que encontrei, ele caiu sem demora, a moça aflita correu assutada de mim. Gritei para ela - Pare, moça pare, vir te ajudar - Ela não dava ouvidos e como se o corpo dela não aquentasse mais, ela desabou no chão, desmaiando.

Carreguei ela cuidadosamente para o meu carro, eu sabia que aquele ao qual derrubei poderia voltar a consciência a qualquer momento ou outro personagem sair do bar armado e minha vida estaria em risco. Coloquei ela no carro e quando aquela mulher acordou já estava na minha casa, deitada sobre uma boa cama.

- Continua.

Davi Alves
Enviado por Davi Alves em 25/04/2017
Reeditado em 26/04/2017
Código do texto: T5980646
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