FILOLOGIA E SUPERMERCADO

Certa feita, conversava com um Juiz Federal sobre a vida. Este, preocupado com a educação das crianças em geral e com as suas em particular, confidenciou suas dúvidas quanto ao vocabulário empregado pelos jovens de hoje. Sua preocupação maior era com o significado das palavras, os estrangeirismos e a inversão de valores. Nesta era de internet e comunicações instantâneas os jovens tendem a reconstruir a lingua. Sabemos, pelos filólogos, que a lingua é mutante. Palavras caem em desuso e outras surgem do nada. É Mais ou menos assim, simples. Fato é que outro dia o Juiz foi com o seu filho no supermercado e quando comprava queijos foi surpreendido pelo menor e sua recusa em levar para casa determinado produto por este estar, digamos, “sub judice”. “Que é isso menino? Daonde tirou tamanha bobagem?”... “Não é bobagem não pai, tá escrito”... “Como assim?”... “Veja: queijo processado!”