OPERAÇÃO CARNE FRACA

Aqui a falar com os botões do meu casaco, em como a quotidiana tarefa de comprar um quilo de carne, para o almoço de domingo, pode tornar se a minha Terceira Guerra Mundial. Guerra essa, que começada entre o meu estômago e a minha cabeça, ao chegar no açougue do Estelita Supermercado. Onde estou acostumada a escolher entre as carnes fresquinhas, o meu bife da semana, o presunto do meu sanduíche ou a salsicha do meu hot dog.

Era quase hora do almoço e a minha mãe pediu ao açougueiro que cortasse bem fininho um quilo de bife sem gordura e embalasse bem. Aí a guerra teve início, o meu estômago começou a pedir por aquele arrozinho branco com salada acompanhado de bife e feijão, mas, a minha mente ficava recordando a tal operação carne fraca, que não saia dos noticiários. Carne de boi estragada, carne moída com papelão, frango com bactéria... Ufa! Venceu a minha mente e eu gritei, carne não mamãe, por favor!

Não pude deixar de concluir, que a operação carne fraca, enfraqueceu até o meu apetite por bife, coisa que eu pensei que não fosse possível.

Voltamos para casa e mamãe e eu decidimos comer arroz com salada e um ovo frito, porque proteína não pode faltar. Ali estava diante de mim uma refeição quentinha e saborosa, mas confesso que deixei a proteína de lado pelo menos naquele almoço de domingo, pois a carne andava fraca e a minha imaginação forte. Diante do ovo, comecei a imaginar, o caminho que ele percorreu para sair de dentro da galinha. Então eu pensei...enquanto o meu estômago e a minha mente insistir nessa guerra, eu sou vegetariana e ponto final.

Maria Eduarda Vasconcelos
Enviado por Rosilayne Vasconcelos em 27/04/2017
Reeditado em 20/02/2023
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