POLICIAIS RODOVIÁRIOS ACHACADORES

POLICIAIS RODOVIÁRIOS ACHACADORES

Por: JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA

CASO REAL

Era uma manhã de sol de uma sexta feira de setembro de 2013, quando nós fomos chamados para fazer uma ativação de um nobreak de grande porte no hotel 5 estrêlas lá para o lado de Arembepe, área praieira e de muitos encantos.

Como somos técnicos de eletrônica eu e o meu colega bem mais novo de 25 anos, seguimos pista a fora.

Haja vista que o nobreak foi vendido diretamente pela a empresa que trabalhamos e já eramos esperados porque me parece que o sorteio dos grupos dos jogos da copa que aconteceu aqui no Brasil, foram realizados naquele hotel. Tudo dentro do padrão FIFA.

O Brito, dirigindo a Fiorino da empresa, com as 16 baterias de 12 volts 40 amperes e todo ferramental necessário para a nossa manutenção de instalação e ativação.

Iamos conversando numa boa e eram aproximadamente 9.15 da manhã e teriamos que chegar por lá umas 10.20.

Seguimos a tumultada Avenida Paralela, e depois de algumas lentidões, finalmente conseguimos chegar até o começo de Lauro de Freitas.

Tudo ia bem até que um veículo Monza Barcelona 92 antigo todo remendado e tricolor, paralamas de uma côr, capô de outra cor, e teto de outra. Então esse motorista achou de nos dar uma fechada que para não acontecer um abalroamento ( colisão lateral), o Brito foi obrigado a chamar a nossa Fiorino toda para a direita e trafegar por alguns segundos no acostamento.

Numa distância aproximadamente de 100 metros, estava acontecendo uma "blitz" das sextas-feiras. Não sei dizer se era uma blitz de sacanagem ou se era mesmo oficial.

Então fomos nos aproximando com uma velocidade bem baixa, mais ou menos 40 km e o policial rodoviário já estava sinalizando com a mão direita para que parassemos. E foi o que fizemos.

O Brito freiou a nossa Fiorino a 30 metros de distância do policial, e o mesmo com ar de palhaçada para querer ser engraçadinho, deu um tremendo pulo, já com o veículo parado, e em seguida veio em nossa direção perguntando assim; "Quer atropelar o guarda é?"

Aí o Brito meio atônito respondeu sem querer com outra pergunta "eu"? Aí o policial respondeu; Não Pedro Bó é a minha mãe. Documentos do carro por favor, Humm parece que está tudo em ordem.

Quer dizer que o rapazinho aí estava circulando pelo acostamento né? Então o colega Brito repondeu meio trêmulo; Eu fiz direção defensiva o Monza me fechou aí não tive escolha de passar rapido para o acostamento.

Não, não e não. Você está querendo desmentir o guarda é?

Aqui quem acha as coisas sou eu e o colega ali entendeu? Prá mim aquilo ali que você fez foi direção ofensiva e fim de papo "porra".

Agora piloto chega de conversa mole e me passa logo a porra da habilitação vai.

Mas na hora que o policial pediu a habilitação daquela maneira tão gentil, senti que o as mãos do Brito assim como ele, tremiam mais que vara verde, e ele começou a ficar pálido e suar frio, parecendo que ele já estava advinhado que aquele policial iria sacanear com ele e injustamente afim de descolar alguma nota para gastar no final de semana.

Assim meio temeroso o Brito entregou ao policial da farda a sua habilitação. Então o policial fez uma tremenda cara de alegre, as suas sombrançelhas chegaram a dançar e ele disse: Ôba! Habilitação provisória hem? Já perdeu piloto. Pasmem os senhores, foi um momento em que eu pensei que o meu colega Brito iria desmaiar.

Ele é moreno claro e seus lábios ficaram da mesma côr. E agora Joaquim? Disse ele minha habilitação tenho que trocar para definitiva segunda-feira que vem, nunca tive uma infração, dirijo pouco para evita-las, mas estou sentindo que esse guarda quer me ferrar.

Então, eu como uma pessoa mais experiente com o dobro da idade do colega com seus 25 anos, aconselhei-o a manter toda calma do mundo e tentar o diálogo com o referido policial que mais parecia um Rambo barrigudo todo equipado. O cara tinha até pistola de choque.

Daí, o Brito saiu do carro e me pediu para ficar dentro do mesmo e la vai ele tentar convencer ao guarda não ferra-lo.

Enquanto isso, o outro guarda já havia parado o mesmo Monza 92 que nos fechou.

Esse Monza, faz transportes de compras na porta de um supermercado das proximidades.

Seu ocupante, pai de familia ganhado ali o seu dinheiro honestamente que nem nós.

E para completar a festa lá deles os policiais, pararam também um caminhão velho Mercedes ano 74 ou 75 fechado de blocos de construção, e uma Kombi que transportava pessoas e quatro motocicletas. Eles estavam demais.

E os caras não eram muito alto mas eram malhados, com colete a prova de balas, duas pistotas 40, spray de pimenta de um lado, pistora de choques do outro , um par de algemas pendurado no lado direito e uma metralhadora pequena (macaquinha) nas mãos. Tá bom assim?

Diabólica a tática da intimidação daqueles dois cramulhões policiais em se tratando de parar os veículos e motos, eles tomavam logo as habilitações e prendiam no fecho da prancheta com um monte de pedacinhos de papeis. Assim ninguém evadia-se do local da blitz.

Dentro do carro naqueles minutos de agonia que o colega estava passando indo e voltando atrás do policial, eu pude ver aquelas cenas de achaque.

Só sei que o policial mandou o Brito voltar para o carro e ficar na dêle enquanto ele pensava no caso.

Humildemente o ele perguntou ao policial "comando e a minha habilitação"? O policial respondeu imediatamente; "Tou analisando o seu caso".

Aí eu disse pro Brito: Olha aí cara vai ter acerto. O policial está querendo dinheiro e não deu outra.

O colega terminou perdendo para o policial 50 Reais rapidinho.

E no final ele perguntou: "E a minha carteira tá de boa?" Aí o policial com o sorriso colgate respondeu "Agora tá". " E vê se não anda feito louco por aí".

Na mesma hora em pensamentos eu respondi "Loucos são vocês seus ladrôes achacadores sujos vestidos de patrulheiros rodoviários".

Finalizando; O colega perdeu para os policiais sujos, a pequena quantia de 50 Reais que seriam destinados para o nosso combustível. Sendo que para sorte nossa, ele tinha uma reservinha em sua conta no Bradesco de 60 Reais, sacou 50 e ficou limpo para o fim de semana. Melhor que nada ou até perder a vida por causa de uma abordagem louca não é?

Quem denunciar morre. O negócio é ver e não ligar porque a maioria desses caras que estão como guardas rodoviário, foram Pms de rua e já aprontaram poucas e boas, alguns com problemas psicológicos com seus estresses, andaram atirando para todos os lados, assim o comando maior os põem como terapia para serem guardas rodoviários.

Tudo isso não passa de uma proteção corporativa para não gerar exonerações mais que justas, aí põem um tempo eles como guardas rodoviário até a poeira baixar, a mídia e os parentes das vítimas esquecerem dos ocorridos.

Isso é muito perigoso para nossa sociedade!

Por isso eu digo com autoridade:

" Leis para alguns, benefícios para outros"

JOSE JOAQUIM SANTOS SILVA

jjsound45@gmail.com

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José Joaquim Santos Silva
Enviado por José Joaquim Santos Silva em 03/05/2017
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