Casualidades do dia-a-dia
Haviam entrado no ônibus, três pessoas, uma mulher parda de idade, segurando consigo um bebê de pele clara e uma mulher jovem de pele negra. Sentaram-se juntas num banco preferencial e conversavam tranquilamente, dez ou quinze minutos depois, a mulher negra fez menção de que iria se levantar, para descer; assim que ela se levantou, tomou a criança de pele clara nos braços e desceu do ônibus, agradecendo e se despedindo da mulher de idade.
Assim que a mulher negra desceu com a criança de pele clara e as portas se fecharam, um senhor de meia idade, perguntou se a senhora parda e de idade era alguma coisa da mulher negra, pois, estava claro que ele estranhou a situação, a senhora disse que a criança era a sua neta, logo perguntaram, quase que afirmando que a moça negra não era filha dela, a senhora respondeu que não, a moça era nora dela, o senhor sentiu-se repimpado, como se tivesse resolvido um quebra-cabeças, a senhora de idade, parda estava visivelmente incomodada após responder aqueles tipos de perguntas.
Deu-se início a uma conversa de miscigenação, uma conhecida que de três filhas, duas são brancas e a outra é negra, um conhecido que é negro e a filha parece uma porcelana, todo aquele novo papo, incomodava cada vez mais a senhora, que no ponto seguinte desceu e depois de descer, pode-se ver ela murmurando qualquer coisa inteligível, mas, que pela expressão dela, não era nada agradável.
Tudo porque uma moça negra, desceu com uma criança branca nos braços...