Casualidades do dia-a-dia

Haviam entrado no ônibus, três pessoas, uma mulher parda de idade, segurando consigo um bebê de pele clara e uma mulher jovem de pele negra. Sentaram-se juntas num banco preferencial e conversavam tranquilamente, dez ou quinze minutos depois, a mulher negra fez menção de que iria se levantar, para descer; assim que ela se levantou, tomou a criança de pele clara nos braços e desceu do ônibus, agradecendo e se despedindo da mulher de idade.

Assim que a mulher negra desceu com a criança de pele clara e as portas se fecharam, um senhor de meia idade, perguntou se a senhora parda e de idade era alguma coisa da mulher negra, pois, estava claro que ele estranhou a situação, a senhora disse que a criança era a sua neta, logo perguntaram, quase que afirmando que a moça negra não era filha dela, a senhora respondeu que não, a moça era nora dela, o senhor sentiu-se repimpado, como se tivesse resolvido um quebra-cabeças, a senhora de idade, parda estava visivelmente incomodada após responder aqueles tipos de perguntas.

Deu-se início a uma conversa de miscigenação, uma conhecida que de três filhas, duas são brancas e a outra é negra, um conhecido que é negro e a filha parece uma porcelana, todo aquele novo papo, incomodava cada vez mais a senhora, que no ponto seguinte desceu e depois de descer, pode-se ver ela murmurando qualquer coisa inteligível, mas, que pela expressão dela, não era nada agradável.

Tudo porque uma moça negra, desceu com uma criança branca nos braços...

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 21/06/2017
Reeditado em 22/09/2020
Código do texto: T6033613
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