Talvez eu não descanse

Na noite que me pesava por sobre os ombros, minha saudade de você guiava os meus instintos, humanos e não humanos. Não. Não sei ser escuro no escuro de você. Então que me surpreende a parede dizendo que dali eu não passo, e se eu não passar mesmo? E seu eu quiser ficar contra a minha vontade de sair? A parede talvez tenha sempre razão e eu nunca passe dela, pensamento tal que não diria a porta que me serve apenas para passar, apenas. Todos agora fitam o ser deitado, esperando alguma reação, não esperando também, apresentado os fatos que se tratam de paredes e porta. A janela foi excluída, mas é por ela que a noite adentra e repousa sobre mim, já repousado. Cinismo do ser! Omitir sempre que o lhe traz o ar e declarar em brado o que lhe tira o fôlego. A janela? Coitada... já esquecida, não me desafiou, nem disse o que dali em diante eu não veria, mas então que na minha pequinês esqueci de abri-la, ou citá-la, ou. Talvez eu não descanse.