Volks, cúmplice da tortura

Fiquei estarrecido com uma notícia que li na imprensa. Vejam bem, eu sabia que a ditadura militar havia recebdo não só apoio e assessoria da CIA dos EUA na covarde e inominável prática da tortura no Brasil (houve até aulas de agentesda CIA ensinando aos torturadores brasileiros macetes de como torturar). Houve também apoio de empresas nacionais, empresários, grandes jornalões que cediam vans para torturadores, empresários que cediam casas, inclusive no Rio, para virar casas de prisão, tortura e assassinato de prsos políticos. Muita coisa está em livros, depoimentos, documentáros. Não é mais segredo de estado.

Mas o que me deixou chocado - eu nao sabia - era que a Volks no Brasil colaborou ativamente com a tortura na perseguição aos opositores políticos do regime. Foio que informou o jornal Suddentsche Zeitung e as amissoras NDR e SNR. Esses veículos alemães informaram que foi aberto em São Paulo uma investigação sobre a Volkswagen do Brasil para determinar a responsabilidade da emresa na violação de direitos humanos durante a ditadura de 1964 a 1985.

Detalhe estarrecedor:a Comissão da Verdade constatou que alguns galpões que a empresa tinhaem São Bernardo do Campo (SP) foram cedidos aos militares para serem usados como centros de tortura.

Mais: a empresa doou ao regim militar 200 veículos para serem usados nas tarefas de repressão, prisão, tortura e asssassinato de opositores à ditadura.

A Volks foi, portanto, sócia, esteio e cúmplice da tortura no Brasil. Sempre simpatizei com o fusquinha, nunca pensei que a empresa que produzia esses carrinhos tão populares e simpáticos fosse capaz de colaborar com a tortura no Brasil. Nazista é sempre nazista. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 24/07/2017
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