A c o s s a d o

Foi o título de um filme francês, de Godard, ótimo, com Jean Seberg e Belmondo nos papéis principais. Nesse filme há duas frases que adoro e nunca esqueci: "Não sei se sou infeliz porque não sou iivre ou se não sou livre porque sou infeliz". "Entre a tristeza e o nada, eu escolheria a tristeza". Mas havia outra também inesquecível: "Denunciantes denunciam, ladrões roubam, assassinos matam e amantes amam".

Mas o acossado que desejo comentar não tem nada (ou tem?) com o filme de Godard. Sim, porque penso no cidadão brasileiro acossado pela crise, amargurado, triste e consciente de sua impotência para resistir. Sabedor de que o que faz é malhar em ferro frio, nadar contra a corrente, dar murro em ponta de faca. Pior: constatar que até mesmo os que acompanham ideologias e se dizem defensores dos oprimidos estão apenas fazemdo pose, exercitando vaidades e manytendo cargos e mandatos, mordomias, vida à tripa forra...

Esse cidadão que se sente assim, impotente e cansando, acossado por todos os lados, está quase desesperado, principalmente porque vê e constata que nada é serio, nem a justiça. Que tdo se resume a um jogo de cartas marcadas.

Talvez eu esteja pintando o quadro de desilusão apenas do meu estado, realmente não posso falar pelos outros estados. Mas no meu, hermanas e hermanos, se aquele filósofo da antiguidade, me parece que seu nome era Diógenes, saissecom uma lâmpada nas ruas das cidades do estado porcurando um líder de verdade n~çao acharia. Não há em Pernambuco, juro, um líder de verdade. Nem na dirita, nem no centro ne na esquerda, nem de banda... Desafio quem me prove o contrário. Qundo não é golpista, é vaidoso e defende os patrões., quando não é ainda denunciado por alguma safadeza, está doido para ser e é um liderzinho atoa, vaidoso e mixuruca.

Estamos, os pernambucanos conscientes, acossados tanto pla crise e impotência, mas a mercê de políticos completamente nulos e que só cuidam de si próprios. Inté,