Mensagens que edificam - 310

Em algum lugar do passado, quiçá que eu tenha passado, me encontro na busca de vestígios que remontem a minha própria história.

História que a ciência com todos os recursos ainda não conseguiu acurar. Ainda não foi possível equiparar curiosidade com equidade, e neste particular uma tênue linha separa o científico da fé. Longe de afirmar que na subjetividade da ciência haja traços de fé religiosa, todavia aquilo que nem mesmo os estudos mais minuciosos conseguiu perscrutar com conclusivas, a parcela de contribuição do mundo científico é deveras útil e de um contributo imensurável para a humanidade. Alexander Fleming, nos 90 anos de invenção da penicilina salvou muito mais vidas do que qualquer oração. Sem querer desmerecer o universo metafísico, os hospitais andam abarrotados de pessoas convalecendo das mais diversas doenças, e ainda que no repente do perigo digam "meu deus", o médico será inevitável.

Pode ser que digam que os médicos são usados por deus para tratarem doenças, não parece muito coerente os 6, 7, 8 anos ou mais de exaustivo estudo universitário para que o mérito do afinco seja transferido para quem não livrou alguém do leito de dor.

Este não é o discurso de um cético, mas apenas uma observação de que se a fé fosse tão grande os centros hospitalares seriam bem menores.

Onde está a resposta do seu sofrimento? No analgésico? No anti-inflamatório? No antibiótico? Se a sua afirmação é "ora que melhora", passa reto em frente a farmácia e abrace a seu crença, caso contrário a sua pregação será uma conflitante desavença.