E se você soubesse o dia da sua morte?

Tem uma coisa pela qual todos nós vamos passar - não tem como evitar -, que é a morte. E a morte nos dá uma certa dimensão da vida. Porque quando a gente é mais novo, a gente acredita que a vida vai durar pra sempre. Até que as pessoas começam a morrer. Aquele tio que você tanto amava, de repente, some. Morreu! Você não o verá mais.

E se a gente soubesse o dia que vai morrer? A gente vive tão cheio de orgulho, de vaidade, de não querer dar o braço a torcer por nada. Briga com alguém e não pede desculpa. Afasta-se de alguém e não procura mais a pessoa. Como se a vida fosse mesmo durar uma eternidade. Mas ela acaba. E se você soubesse que a sua vida acabaria amanhã? O que você faria hoje? Agora? Eu posso estar num palco, entretendo vocês. Vocês estão vendo o meu show. E se quando acabar eu sair pela porta e acontecer algo? Estou escrevendo este texto agora. Posso terminá-lo, publicá-lo e depois cair duro no chão (seria até irônico: “Raul Franco morre depois de escrever um texto sobre a morte”). E é esse último instante que você teve comigo que vai ficar na sua cabeça. Parece mórbido. No entanto, a ideia da morte e a morte em si nos traz muitas coisas. E nos faz olhar pra vida de outra forma.

Eu vi um filme belga que se chama NOVÍSSIMO TESTAMENTO. E é um filme interessante porque mostra um Deus ranzinza, super-rigoroso. Em casa, dá ordens para a filha e para a mulher. A filha, que é uma criança, se ressente disso. E Ele controla o mundo com o seu computador. É como se fosse um vídeo-game - tudo está ao alcance de um botão. Ele aperta e manda as tragédias pra Terra, as catástrofes, faz o que quer. A filha, pra se vingar do Pai, mexe no computador dele e manda mensagens para as pessoas, avisando do dia da morte delas. E, incentivada pelo seu irmão, Jesus, que está na cruz em cima de um móvel, ela parte para a Terra. O Pai quando vê o computador mexido, não consegue reiniciá-lo e fica possesso e vai atrás da filha na Terra.

Mas o grande barato do filme é essa ideia de você, de repente, receber a notícia do dia que você vai morrer. O que isso mudaria na sua vida? Você tendo, por exemplo, apenas um mês de vida. Um ano. Dez dias. Uma semana. Um minuto. O que mudaria? O que você faria hoje? Agora? A morte definitivamente nos ensina.

Corra e faça a diferença! Temos pouco tempo por aqui.

Raul Franco
Enviado por Raul Franco em 19/09/2017
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