O ENCONTRO

A vida seria uma sucessão de encontros? Acredito que sim...

Uns perfeitos, outros catastróficos. Mas o que faz as coisas acontecerem são eles... nos apresentando oportunidade e pessoas.

Há encontros de vários tipos... o às cegas (extremamente arriscado, usado em último caso por solteiros(as) desesperados(as)... mas muito comum com a Internet.)

Encontro de amizades... muitas vezes mágicos, são como esbarrar com irmãos separados na maternidade.

Os profissionais, às vezes difíceis, outros suaves como uma nascente...

E os não premeditados... e na minha opinião os que mais mexem com a gente, provando que nada nessa vida é certo, que em cada esquina há milhões de pessoas, e situações que assim de repente cruzam sua história, criando um novo capitulo nesse grande livro, chamado vida!

E foi em uma dessas esquinas que tudo começou... Era uma noite como outra qualquer... Os mesmos amigos.... O mesmo cenário, a mesma cidade.

Mas alguma coisa dentro de mim não era mais a mesma...

Tinha umas duas semanas que tinha resolvido viver... e o que isso significava para mim??? Sair... conhecer gente nova, me livrar da caverna em que eu novamente tinha me trancafiado como um morcego com medo da luz.

Só que agora vinha sem medo, sem bagagens emocionais ou qualquer outro parasita do passado. Vinha com apenas uma certeza...

Que iria me divertir...!!!

Poderia ter briga, poderia chover... o céu até poderia se abrir e todos começarem a berrar que o mundo iria acabar...! Alguma coisa de bom naquelas noites ia acontecer... e eram nela que ia me focar, me segurar e não desgrudar... porque se a vida é feita de momentos... o que sobra no resto do tempo???

Seja lá o que fosse, eu iria transformar em uma grande diversão.

Dito e feito, primeira noite um sucesso! Segunda noite... idem... e assim foram as decorrentes... até chegar a NOITE em questão.

Tudo começou num encontro de motos aqui na cidade, moto pra lá, moto pra cá... eu só fazia brincar... ria com tudo e com todos... Era um daqueles momentos felizes sem maiores explicações.

Depois do encontro de motos, nos mandamos pra balada da cidade... chegamos cedo demais... e falei:

- E daí?! Vamos entrar!

E assim fizemos... de fato ainda era cedo... e poucas pessoas se arriscavam na pista...

Uma delas seria a PESSOA da noite... que para preservar sua imagem chamarei de E. ( referente ao nome da crônica) mas eu não estava procurando nada, nenhuma situação, queria dançar, relaxar me livrar do s stress e curtir o que eu tinha no momento. Até travarmos o primeiro olhar e ter a certeza que não poderíamos nos soltar (pelo menos naquela noite)...

E assim acontecera... era como uma brisa leve, que batia em meu rosto... me fazia sorrir um tanto abobalhado, uma vontade de seguir três passos a frente e beijar aquela boca , era a tal brisa que significava para mim apenas uma coisa... que um furacão estava preste a chegar.

E. estava a fim, minha amiga me empurrava incentivando o nosso primeiro contato.

E. se aproximou sem jeito, tinha recebido ajuda de um copo de cerveja, e nada mais, já que dançava só na pista, E. se aproximou e me ofereceu um cigarro:

- Quer? Perguntou sorrindo.

“ Eu não FUMOO...” pensei, mas naquela hora eu até poderia começar a fumar... mas não podia ser assim, e recusei.

Agora o caminho estava aberto para mim e não demorou até o nosso primeiro toque, e concretizar a “profecia”...

A noite foi perfeita, nossa química era fato, nossos beijos eram deliciosos... e o nosso entrosamento já começava a chamar a atenção de todos.

Tudo naquele encontro estava muito perfeito... e isso era tudo.

Fazia tempo que eu não sentia aquele frio na barriga com alguém, não sentia um tesão tão forte, minhas mãos suando e os lábios tão gulosos por seus beijos. Com isso, não conseguia pensar em Ontem ou ate mesmo no Amanhã... só queria o HOJE!

Até perguntar aonde E. morava... E ter a resposta súbita...

- Em Nova York, e você?

Ok... agora era impossível não pensar no amanhã...

Seria aquele um encontro perfeito de uma noite e nada mais??? Eu poderia agüentar isso e seguir em frente de novo?

...

(Continua)