Familía

Na minha caminhada aqui na terra dentro da família, aprendi a conviver com algumas coisas que me surpreenderam, não porque elas deveriam ser diferentes, e sim porque eu achava que não seriam.

Viver e sobreviver não é fácil. Após tantos anos, estou convicto que a irmandade não advém do fato de sermos irmãos consanguíneos, ela transcende este plano, e mesmo nascendo nesta mesma família, cada um de nós vem com uma missão diferente.

Chegamos aqui na terra, através da união de duas pessoas que se amaram se uniram e nos promoveram a existencia, mas estas pessoas não são escolhidas por aqueles que as precedem, penso o acaso as imcumbiu da complexa missão de nos conduzir através da caminhada pela vida. Também, é verdade que não escolhemos os membros que nascem nessa família... os irmãos.

A árdua missão dos pais é revelar caminhos certos entre as trilhas tortuosas, não obstante, lhe imprimirem traços de personalidade, até que se tornem adultos independentes. Isso demanda integral dedicação, e só é possível semeando amor incondicional e verdadeiro.

Então, a única forma de retribuirmos a sua abnegação, é amá-los cuidando e os conduzindo com dignidade ao ocaso das suas jornadas.

Quanto a nós, embora sejamos consanguíneos, somos completamente diferentes, temos visões diferentes, nos unimos a pessoas diferentes, amamos pessoas diferentes, desenvolvemos trabalhos deferentes, seguimos religiões diferentes, temos gostos diferentes, moramos em estados e até países diferentes. O que nos une é este laço de consanguinidade que é único definitivo e eterno, não é uma opção. Opção é o amor.

Daí as surpresas...não são exatamente surpresas.

Felizmente, a realidade ao longo dos tempos, nos acorda e nos mostra com exemplos repetidos, que o propósito da nossa rápida visita aqui no planeta, nos colocará diante da maior prova das nossas existências.

Afinal, um dia também nos tornaremos pais.