TORCIDAS ORGANIZADAS

Não existem torcidas organizadas.

Temos sim vândalos que se vestem com uniformes dos clubes e praticam atos de barbárie.

Torcida Organizada, como o próprio nome diz, é aquela que tem Estatuto Regimental e o cumpre e acima de tudo respeita a Constituição do país. São cidadãos ordeiros de mesmo distintivo que se unem para torcer, comemorar vitórias, assimilar derrotas, e extra campo, na medida do possível, promover eventos para confraternização dos associados e ações beneméritas.Sabem que o adversário não é um inimigo. Do outro lado, vestindo uma outra camisa, com certeza estarão amigos -talvez os melhores- irmãos, até mesmo seu pai ou seu filho, e estranhos que não são seus amigos também por falta de oportunidade, meramente circunstancial.

Essa “organização” das torcidas foi a melhor coisa que aconteceu no futebol depois de Pelé (Se ele não tivesse carácter,seria o que é? Temos exemplo na Argentina). È um diamante bruto, tem que ser lapidado por bons lapidadores.

Não sei como não enchergam.

Os clubes (principalmente os grandes), as federações estaduais e a CBF deveriam promover, patrocinar, assessorar e orientar as torcidas organizadas. Os clubes, associados a elas, deveriam garantir acesso fácil e seguro nos estádios; oferecer serviços de advogados, psicólogos, jogadores, poli- ciais, árbitros, dirigentes, com o intuito de orienta-las como se portar entre si, entre outras torcidas, dentro e fora de campo.

Verbas para tudo isso? O próprio futebol vai oferecer, é só saber administrar. Qual o prejuízo que temos hoje com o vandalismo? A verba necessária não deve ser maior que ele; sem contar os danos morais.

Com isso evitaremos todos os conflitos? Não! Mas serão minimizados, mais fácil de controlar e punir (e ou recuperar) os culpados.

Em se tratando da cidade de São Paulo, as diretorias de São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos ( não é da cidade, mas o grosso da torcida é) deveriam se unir com a intenção de garantir sempre times fortes para todos eles. A riva -lidade deve se limitar dentro do campo, entre jogadores e torcidas de uma forma ordeira e esportiva. Os dirigentes devem ser parceiros para proporcionar bons espetáculos e boas rendas e evitar que as torcidas sejam humilhadas com goleadas e descidas para divisões inferiores.

È difícil fazer tudo isso? Proibir é bem mais fácil, não é? Mas os resultados da obra realizada serão fantásticos, só não vê quem não tem futebol nas veias e vive brincando com a paixão do povo.

Um político com visão, bem intencionado, poderia promover esta união, transformar o projeto em plataforma politica: é uma mina de votos.

carlinhos affonso@hotmail.com

CARLOS AFFONSO
Enviado por CARLOS AFFONSO em 20/10/2005
Reeditado em 25/08/2006
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