COMO PODEMOS MUDAR O MUNDO? SE ARMANDO OU SE AMANDO

COMO PODEMOS MUDAR O MUNDO? SE ARMANDO OU SE AMANDO

Outro dia recebi um filme onde uma mulher era morta em uma espécie de galpão abandonado, e um homem (provavelmente seu marido ou namorado) então aparecia correndo para tentar salvá-la. Ele conseguia colocar objetos na cena do crime (geralmente cartazes pregando o desarmamento), e tanto ele quanto esses objetos voltavam no tempo para de alguma forma poder ajuda-la, mas ao contrário dos objetos que voltavam para o mesmo lugar onde eram deixados, o homem sempre voltava alguns quarteirões de distância, e mesmo correndo com todas as suas forças sempre chegava tarde, e nada do que fazia adiantava para evitar aquela triste sina de sua amada. Até que ao invés de colar cartazes contra a violência ele resolveu deixar uma arma junto ao corpo sem vida da jovem mulher. Quando voltou no tempo finalmente encontrou ela viva, e o seu algoz morto ao lado dela, com um tiro no peito.

O interessante de algumas peças publicitárias, assim como algumas ideias simplistas (e neste caso fascistas, visto que o fascismo é fascinante e deixa gente ignorante fascinada...), é que elas conseguem envolver as pessoas de uma forma que parece inibi-las de pensar por si mesmas (ou será que apenas externa suas vontades sombrias...?). O indivíduo absorve aquilo e aceita como sendo uma verdade incontestável. Mas se pensasse um pouco, saberia que o tal algoz provavelmente não levou a adorável mocinha até aquele galpão pedindo por favor, ela certamente foi pega de surpresa, de forma planejada, sem chances de defesa.

Se ela estivesse armada, o que teria acontecido seria que ela estaria morta do mesmo jeito, e ele teria uma arma a mais para efetuar suas vilanias, porque quem quer fazer o mal não dá qualquer chance para suas vítimas. Uma prova disso é que mesmo um certo candidato fascista a presidência do Brasil que usa como bandeira o armamento do cidadão de bem, e que diz aos quatro ventos que sua especialidade é matar, já foi assaltado e teve sua arma levada por bandidos. Se um “especialista em mortes”, com treinamento militar pode ser vítima da violência, o que sobra para o cidadão comum?

As pessoas que querem o armamento, acham que somente elas irão se armar. Ou pensam “se os bandidos podem ter armas, eu também posso”. Esquecem que o mesmo governo que se mostra incompotente para protegê-las dos bandidos, vai ser quem vai demonstrar toda essa incompetência armando toda população. Sabe aquele seu vizinho (ou colega de serviço) que torce para o outro time e que vive te enchendo o saco quando o time dele ganha, mas que já bateu boca contigo mais de uma vez quando você fez o mesmo com ele quando o time dele perdeu? Demonstrando ser um total desequilibrado, pois é, ele também vai ter uma arma, e o que é pior, se ele já te provocava antes quando estava desarmado, agora com a arma a arrogância dele vai as alturas, pois ele pode achar que você não terá peito de usar sua arma contra ele, mas ele vai ter o prazer de usar a dele contra você, e depois argumentar que foi legitima defesa.

Muita gente que não sabe nem utilizar um microondas, vai ter nas mãos algo mortal. O ódio vai estar liberado nos corações e mentes de todos, pois todos estarão armados. Igualmente armados. O que vai diferenciar uma pessoa da outra então?? O orgulho de não levar desaforo para casa. Os brios (amor-próprio) de quem não vai baixar a cabeça para qualquer outra pessoa, pois a razão é sua tanto quanto é dela, mas você é macho o suficiente para mostrar que não está de brincadeira, nem no trânsito, nem com os vizinhos, nem no serviço, ou onde quer que seja. Daí você pensa: “Eu não sou assim”, você talvez não, mas... E os outros?

Mas não se preocupe, não precisa sair atirando em ninguém ou mesmo sair brigando para ser uma vítima, já que um número bem maior de balas perdidas vão estar voando por aí, e elas nem precisam acertar você, bastam acertar o motorista de qualquer outro veículo que siga em sua direção, por exemplo.

Os adolescentes que tanto brigam por qualquer coisa, vão poder acessar aquela gaveta do seu pai, tio, ou conhecido e se armar, já que as armas vão estar disponíveis por todas as casas e apartamentos, em todo lugar (se você sente necessidade de se armar, o mesmo vale para os outros milhões de Brasileiros, DEZENAS de milhões...). E quem acha que é exagero, deve estar pensando por si mesmo, mas pense em quantos malucos que hoje estão desarmados (já que não são bandidos, são apenas desequilibrados, irresponsáveis, desastrados, etc) e que poderão ter uma potennte arma para se defender, igualzinho a você.

Parafraseando um certo provérbio chines: “Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: A palavra pronunciada, a oportunidade perdida e o disparo de uma arma.”

Enfim, ESQUEÇA AS ARMAS! A melhor forma de se combater a violência é através da caridade, do amor ao próximo, contribuindo para melhorar este mundo da maneira que nos for possível ajudar. E se morrermos agindo assim, mesmo que vítimas da violência, ao menos teremos a certeza de termos morrido sendo parte da solução e não do problema (Autor: Antonio Brás Constante).

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Antonio Brás Constante
Enviado por Antonio Brás Constante em 17/10/2017
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