Angu, prato de resistência

Hoje tive o prazer de comer algo que não comia há uns 20 anos: angu. Sim, aquela iguaria nordestina que comemos tanto na nossa infância e adolescência. Era o prato de resistência da gente, um dos mais democráticos, bastava fubá, água, coentro cebolinha e, se tivesse, um pedacinho de mistura,até sardinha servia. Detalhe: o angu só ficava mesmo nos trinques se fosse feito em panela de barro ou de ferro e mexito com colher de pau.

Angu só era bom quente, pegando fogo. Angu frio é como sopa fria r café frio. Angu´se comia primeiro pels beiradas só depois se chegava no meio para nao queimar a língua. Essa expressão, angu se come pelas beiradas para anão queimar a língua, ainda hoje é muito usada no sertão.

Infelizmente com o correr do tempo, o angu foi esquecido, tamabém o xerém, o cuscuz resiste, até quando? Agora só se come macarrão, hambuguer, pizza, comidas enlatadas, incluive um tal sushi. A cukinaria nordestina está sendo esquecida. No caso do angu acho uma ingratidão tremenda. Raras as pessoas da minha idade e do interorde Pernambuco que não foram criados comendo angu. Todos fomos papangus. Literalmente. Eu me ogulho de ter sido criado comenfo angu.

Quando o amigo mechamou para alomoçar eu pensei que era uma feijoada, é o prato que gosta mais, ele e a esposa. Mas hoje foi angu, ele disse que em homenagem aos bons tempos, a infância e adolescência. E haja angu. Mas teve tambem uma cachacinha mineira, coisa que não havia no passado, era só um ponche de goiaboa ou laranja.

Mas foi apenas uma espécie de reminisvência, mas valeu. Lambi os beiços. Viva o angu. O angu me fez lembrar muito do meu passado. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 27/10/2017
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