Vendaval...
O vendaval se instala. A espaçonave do destino encobre os questionamentos inúteis. Vozes vomitam palavras pelas noites vazias de uma solidão imperceptível.
Caldeirões encéfalos metralham gargalhadas fétidas. A estrada sinuosa e mortal fornece o fim a 3x4. Escolhas petrificadas e amarrotadas pelo traçado contínuo e melancólico. Cenas se repetem com precisão, atos complexos e previsíveis.
Nem a dor permanece mais, apenas a certeza sepulcral de uma paisagem desértica. Espinhos contrastam com folhas verdejantes e silenciosas. Calo se transforma em bolha, em água, em nada, nem sara...
A fatídica notícia televisiva retorna, reforço perfeito de um rosto esculpido com precisão, noticiando pedintes e rejeitados.
Violenta nevasca que contraditoriamente veste tudo de branco. Mármore esculpido em lágrimas inexistentes.
Faroeste ultrapassado e abandonado numa sala velha a exibir-se sem telespectador. O moderno prevalece e se instala em confortáveis aparatos tecnológicos. Inútil, o moderno também envelhece, também se torna ultrapassado e abandonado.
Voz e vez se espalham inúteis pelas ruas abarrotadas de terno e hipocrisia.
E o vendaval se vai, levando consigo a imagem da devastação...
Distorção!