A Origem do Dia das Mães 

 

A origem do “Dia das Mães”, vem do início do Século XX, por um drama vivido por Anna Jarvis, uma jovem Americana que perdeu sua mãe e entrou em estado de depressão. Suas amigas, para consolar a moça, resolveram então fazer uma grande festa onde seriam homenageadas todas as mães, vivas ou falecidas. Com isso, a festa se espalhou pelo país e foi instituída nos Estados Unidos pelo então presidente originalmente no dia 9 de maio. A festa em homenagem às mães se propagou rapidamente por todo o mundo, sendo festejada sempre no mês de maio. No Brasil é comemorada no segundo domingo de maio. Em Portugal e na África do Sul  é festejado no primeiro domingo de maio.

Nas diferentes localidades do mundo, a comemoração é feita em dias diferentes. Na Noruega é comemorada no segundo domingo de fevereiro; na Suécia, no quarto domingo de maio; no México é uma data fixa, dia 10 de maio. Na Tailândia, no dia 12 de agosto. Em Israel, não existe um dia próprio para as mães, mas sim um dia para a família. No segundo domingo de maio é dia das mães nos Estados Unidos, Japão, Turquia e Itália.
As mães são homenageadas desde os tempos mais antigos. Os povos gregos faziam uma comemoração à mãe dos deuses, Reia. Na Idade Média os trabalhadores Ingleses que moravam longe de suas famílias ganhavam um dia para visitar suas mães, que chamavam de “Mothering Day”.
Mãe tem uma profissão por natureza: é sábia! Em torno dela, o clã molda seus valores espirituais e humanos. Dela, fez-se o prisma sagrado da família. Mãe é a mulher que gera e dá à luz um filho, mas também pode ser aquela que cria um ente querido como se fosse sua geradora, dando-lhe carinho educação e proteção.

Quando Deus disse “Que se faça a Luz!”, provavelmente fez nascer a Mãe de Si mesmo. (Ditado Judaico). Então se compreendeu a naturalidade e a beleza do ato do nascimento. Vendo-se como Criatura, sorriu com certeza ao ver diante de si que o próprio Universo desenvolve-se pelo encontro dos astros em explosões de luz.

...Até as estrelas são mães.
Mãe é protagonista e não figurante. A novela que sua vida desenvolve tem capítulos às vezes de fatos dramáticos, outras de exultante euforia. Sofre em silêncio perante os atos de incompreensão, mas sua compaixão é humana, seu perdão é divino, seu coração é transcendente.
Mãe é Mãe! Mãe é Santa!

Seja ela idosa sentindo a contagem regressiva do fechar de cortinas do seu script no palco da existência. Seja ela jovem mãe, ou mãe menina... Muitas vezes menina profanada e tolhida de viver uma infância como todas as demais, quando passa a ter nos braços não a boneca que embala sua inocência, mas um novo ser saído de seu ventre, e que a torna também uma santa. A mãe de numerosa prole, a mãe que enfrenta a cruel indiferença dos poderes constituídos, das desigualdades sociais, impostas pela vida. A sofrida que busca água nos açudes, que reza pela colheita, e planta pela sobrevivência de seus pequenos rebentos. Que chora quando os filhos pedem, mas a panela está vazia. Tantas faces pode ter uma mãe!  Mãe nobre, que exerce com sabedoria a criação de seus filhos e ainda encontra um tempo para tudo. Mães negras, índias, brancas, orientais, mãe adotiva, de todas as religiões, de todas as cores e luzes, de todos os universos, de todos os sonhos, culturas e classes sociais .
 

Assim como em todas as manhãs o Sol nasce no Leste,
todos os 365 dias do ano são Dias das Mães.  
Que o Grande Arquiteto do Universo.·.   Abençoe todas as Mães.

 

Judd Marriott Mendes.·.
Crônica Publicada no Jornal O Globo em  13/05/2012   

Judd Marriott Mendes
Enviado por Judd Marriott Mendes em 05/11/2017
Reeditado em 12/05/2023
Código do texto: T6162888
Classificação de conteúdo: seguro