O ACONCHEGO

Nada melhor do que sentir-se aconchegado, amparado, protegido, acomodado confortavelmente. É uma necessidade que todos nós temos, porque no aconchego encontramos paz, tranquilidade, bem estar. A primeira imagem que construímos do local apropriado para classificarmos de aconchego é o nosso lar ou o ambiente em que nascemos e vivemos a infância. Sentimos a agradável sensação de segurança, acolhimento familiar, envolvidos num ambiente de harmonia, fraternidade, companheirismo.

Dominguinhos e Nando Cordel definiram bem esse sentimento prazeroso de voltar ao berço natal, quando numa de suas conhecidas músicas dizem “estou de volta pro meu aconchego, trazendo na mala bastante cansaço. Querendo um sorriso sincero, um abraço, pra aliviar meu cansaço”. Qualquer pessoa sente-se emocionalmente satisfeito e feliz quando retorna ao seu local de origem. É como se renascesse, resgatasse vínculos com a infância, recuperasse a alegria de viver um tempo que traz recordações inesquecíveis.

No aconchego familiar experimentamos a serenidade de espírito, recarregamos nossas energias, nos fortalecemos, compartilhamos amor, carinho, afeto. É a oportunidade de valorizarmos a convivência com as pessoas que realmente guardam no coração o sentimento do verdadeiro amor para conosco.

O aconchego se efetiva também no amparo físico de um abraço. A demonstração mais autêntica de proteção, apoio, solidariedade. A manifestação calorosa da alma que ameniza dores afasta a solidão, provoca ânimo, entusiasmo, coragem. O ato de aconchegar carrega sinceridade e pureza de intenção. Nunca esquecemos o aconchego materno dos nossos primeiros dias de vida, nem os braços de carinho e amor que nos envolveram em momentos de ternura e afeição.

Estarmos na presença de quem realmente amamos, e por quem somos amados é a mais maravilhosa forma de nos sentirmos aconchegados.

• Do livro “SENTIMENTOS, EMOÇÕES & ATITUDES”.

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Rui Leitão
Enviado por Rui Leitão em 07/11/2017
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