Transpondo obstáculos ao longo da vida, carinho e dedicação.

Quero abordar um tema atual, mas, que não é um assunto corriqueiro como alguns dizem, assunto como outro qualquer do nosso dia-a-dia. Existe uma diferença fundamental! A realidade dos deficientes físicos e de quem convive com esses portadores de necessidades especiais. Quando estamos preocupados com problemas corriqueiros, costumamos espernear e maldizer o mundo pela má sorte momentânea do que nos ocorre. Coisinhas básicas como, por exemplo:

* Uma viagem que gostaríamos de fazer e não sobrou grana no final do mês;

* O carro que logo pela manhã não funciona;

* Alguém que esbarra em nosso orgulho...! (é difícil ser superior e irretocável!)

E por aí vai! São tantas querelas que esquecemos de olhar à frente, do lado... Daí, uma outra situação se instala, nos dá um empurrão como quem diz: – Acorda!... A vida não é só isso, camarada!

A partir desse exato momento, passamos a viver uma realidade completamente diferente daquela que desprezamos até então, quando achávamos tudo ruim, mesmo com a vida nos presenteando a cada momento com coisas maravilhosas. Porém, não estamos aqui por nada, só para ver a vida passar, para ficar olhando o próprio umbigo. Ou espezinhar com atitude de desdém, quando somos lembrados que não estamos neste mundo somente a passeio... Que existem pessoas necessitando de atenção. Temos um trabalho árduo sim! Uma missão a cumprir, que não diz respeito somente a nossa própria existência, mas também, das pessoas que estão a nossa volta... E a cada um convém uma tarefa. Uns dizem que é nosso “carma”, outros que somos pessoas escolhidas; eu prefiro pensar que a escolha é de cada um, é nossa também! Não sei bem o porquê, mas vejo assim! Por exemplo: um filho que nasceu ou ficou surdo antes mesmo de começar a falar... Provavelmente, a pronúncia das palavras estarão completamente comprometidas. Queira ou não, sua vida será em parte, limitada. Para quem está ao lado, seja a mãe ou quem ficou responsável pelo mesmo, cabe a tarefa de colaborar para que sua situação seja menos complicada, contudo, não é fácil para essas pessoas também. Nesse caso, o carma, escolha (ou sei lá como poderia chamar), seria de ambos. No meu ponto de vista a parte de quem colabora é a mais importante - a missão maior é a dela! Porém, além das pessoas que estão diretamente ligadas às que necessitam de cuidados, existem aquelas que mesmo não sendo parte do problema, se predispõem a ajudar, sendo o deficiente uma pessoa conhecida ou não, com um carinho e disposição, muitas vezes, maior do que quem deveria de fato. - Essas eu chamo de 'anjos'. E para complementar, deixo aqui registrado o seguinte: - pude constatar ao longo da vida que, quando esse trabalho é feito com amor e dedicação, as expectativas são superadas de forma impressionante, ao ponto da pessoa ter uma vida beirando a normalidade! É bonito de ver quem se doa e sabe valorizar o outro, seja ele perfeito ou não!

Nina_21/08/2007 - 1:00

Deixo aqui registrado o meu protesto pelo descaso com que esse assunto foi tratado, Já que o tópico foi trancado antes mesmo de serem postados os textos ao qual se destinava – mote “Deficiente físico” - Crônicas on line.

Quero também agradecer à Soaroir, pela sensibilidade com que tratou a questão. Obrigada parceira!

É nessas horas que as grandes almas se sobressaem!!