A INGRATIDÃO

Quando somos surpreendidos por uma ingratidão, sentimo-nos feridos na alma. Ela produz uma sensação de decepção que faz mal ao espírito. O ser humano gosta de ser reconhecido quando faz algo de bom, espera agradecimento quando presta algum favor ou pratica um ato em benefício de outro. Se isso não ocorre sofremos a dor causada pela ingratidão.

O problema reside exatamente aí: fazer algo na espera do agradecimento. Se deixarmos de pensar assim, não nos abateremos com atitudes que possam ser classificadas como ingratidão. Se agirmos sempre de coração aberto, numa doação desinteressada, estaremos imunes ao mal que a ingratidão possa provocar. Numa sociedade cada vez mais individualista é muito normal que as pessoas achem que os favores que lhes forem prestados não são nada mais do que obrigações. Não vêem necessidade de serem gratos.

A ingratidão humana se manifesta atrelada à inveja, à indiferença, à soberba. Os ingratos se consideram seres superiores, são petulantes, arrogantes, mal educados. Possuem uma carga de energia negativa, em razão do egoísmo e da frieza que dominam seu coração.

Ao alimentarmos a expectativa da gratidão abrimos caminho para frustrações, desgostos, mágoas, quando ela não acontece. A felicidade e a paz interior se estabelecem quando nos conscientizamos de que um bem que fizemos não precisa ser reconhecido, basta que nós mesmos saibamos que a ação foi uma atitude de amor e de fraternidade.

A ingratidão por si só terá sua reação no futuro. Os ingratos se esquecem de um velho provérbio popular que diz: “O prato em que cospes hoje, pode ser o mesmo que te alimentará amanhã”.

Conclusão da reflexão: o desapontamento resultante de uma ingratidão não pode nunca ser causa de sentimentos de vingança, rancor ou raiva. Ignorar uma ingratidão é evitar que a intranquilidade e o desassossego tomem conta da sua vida. Antes de tudo, devemos mesmo é fazer uma autocrítica e nos perguntarmos: Será que algum dia já fui ingrato com alguém?

• Do livro “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.

Rui Leitão
Enviado por Rui Leitão em 09/11/2017
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