PROFESSOR A LENDA - DE PAULO FOG

Agora a me lembrar da escola - Tive um professor de matemática, Deus que professor, nunca entendia patifas do que ele ensinava, resultado, bomba.

Qualquer um que pegasse meu boletim se confrontava com a seguinte situação, azul,em todas as matérias quando chegava na dita cuja da matemática um vermelhão só, ele tinha ás vezes para me motivar colocara um D menos ou mais outras um E + burro, cara eu me estourava em casa tentando fazer as contas que ele passava mais nunca conseguia.

Certa vez fiquei eu e ele na classe ele me disse que eu não era burro, pois era um tanto a mais ansioso que os outros alunos.

Uma grande verdade eu sempre fazia perguntas, ia até a mesa dele que refazia as contas mais eu nada de aprender.

Nas reuniões de pais, faziam de tudo para não deixar ele falar com meu pai ou minha mãe, motivo, eu sempre fui um bom aluno em comportamento impecável e tinha ótimas notas como ja disse aqui fora a bendita, porém minha mãe issitia em falar com ele que sempre sugeria a ela que me levasse a um psicológo ou coisa assim, por que não era normal um garoto tão bom em outras matérias ser tão ruim na tal da matemática.

Com o tempo e já em outras fases escolares e tendo ele como mestre em numeros, eu continuava a piorar o que já não tinha como, cresceu em mim um completo ódio pelo ensino e pela escola, eu ia para aquele lugar de certa forma forçado, eram 2 motivos, um para não limpar a casa, outro para não ajudar meu pai nos serviços que ele pegava.

Sério eu chegava no portão e já sentia minhas energias se esvairem, quer ver quando era as primeiras aulas de matemática.

Ainda para ajudar eu sempre estudei a tarde, o fato de não ser bom em matemática e ainda o total desinteresse por parte de meus pais de ir falar com a diretora e pedir por mim para que me deixassem estudar de manhã, afinal era meu sonho, tudo me fez se tornar uma espécie de vegetativo do sistema de ensino da época.

Deixo claro aqui, que em nenhum momento estou aqui querendo desmerecer os profissionais da época ou as escolas pelas quais passei, somente estou a fazer um desabafo de parte de meu ser estudantil.

Certa vez eu ali na frente da tão amada lousa escolar a resolver uma equação do 1 e 2 grau, cara nem sabia onde começava a belezura, mais fui, ele a me olhar, giz numa mão e apagador na outra, não consegui, levei um puxão de orelhas seguido de burro para alegria geral de meus inimigos ali.

Fui para minha carteira, abri o livro de outra matéria e iniciei minha leitura, quando senti algo estranho, olhei não deu tempo ele me mandou a caixa de apagador com giz e tudo dentro.

- Seu burro, imbecil.

Dali em diante minha vida fora seguida de impropérios que este profissional me dirigia.

Foram meses, dias, horas, aulas martirizantes mais passei por tudo.

Quando de repente ele começou a faltar nos primeiros meses de um outro ano escolar, no lugar dele veio uma mulher loira de cabelos longos, para minha salvação escolar eu comecei a prestar atenção e de certa forma, iniciou-se um C e depois um C mais e quando veio o tão inalcançável B, gente me desesperei, ali com a prova na mão pedi a ela que se possível refizesse a correção desta pois tinha de haver algo errado eu era um burro, imbecil jamais poderia tirar uma nota tão superior a minha ignorância, afinal durante aqueles anos eu ganhara diversos adjetivos não tão bons por aquele profissioanl que naquele momento se encontrava afastado.

- Não, sua prova e correção esta certissima.

Depois disso fui só melhorando, retornei ao gostar da escola e do ensino e fazia diversas vezes contas em casa, com qualquer pedaço de papel que aparecesse, até cantos de jornais que meu pai trazia quando vinha do açougue com com a mistura da noite.

No colegial, por incrível que pareça, cheguei a tirar um A, nossa infartei, depois de tantos acertos um dia a falar disso com o outro professor ele me disse que tudo é um aprendizado, aquele professor que me gritava, falava coisas não tão amigáveis de certa forma ele formou meu ser, caráter e tudo aquilo que eu era agora, entendia, de certo deveria a ele, não, ele não foi um mau professor, por que ele me ouvia, eu também o pirraçava muitas vezes, chegamos a fase da colegagem daí que ficamos nessa e eu me posicionei sempre esperando o pior, ele do outro lado guiava sua mente e suas ações para que eu aprendesse de uma forma ou de outra.

O que posso dizer é que sou muito grato por ter ele como meu mestre, seus apagadores, gizes, ensinamentos me fizeram estar aqui, hoje eu sei que estás ao lado de Deus.

Sempre saiba que jamais te odiei, não de verdade tá, sempre te admirei pois fora um exímio mestre de matemática e de vida. OBRIGADÃO MEU PROFESSOR.

12112017 ------------------------------------------.

paulo fogaça
Enviado por paulo fogaça em 17/11/2017
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