Diz a sina.

Dou mãos aos danos

Que em todos esses anos assinaram presença

Para que não pereça

minha pressa indefesa de ser

Dou asas à dor

É livre, é voo, é pesar

meu peito sua morada

Abro a janela para suas escolhas

Recolho a folha que caiu ao pousar

Guardo e aguardo de novo

esse leve sufoco

de braços dados que dei

Terei um dia de dizer

te sei e te conheço

mas não mais me reconheço

E até lá

pode estar

talvez

mais morta que eu.

Facas não fazem barulho
Enviado por Facas não fazem barulho em 04/12/2017
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