Adauto

Adauto, era muito amigo de meu pai, trabalhou várias vêzes nas fazendas de Papai

Um amigo especial!

Quando eu ia para a fazenda sempre jogava baralho com ele a noite. Sempre ele enrolava. E saia confusão, e eu dizia: Adauto, um homem de Deus não pode fazer isso! E. Ele dizia: Deus não está vendo o jogo. E eu dizia: ele vê tudo!

Homem do interior, simples, que não estudou muito. Muito voltado a família, educado. E a melhor qualidade dele ser muito amigo de meu pai!

Eu gostava muito dele! Era mais do que parte da família.

Certa vez, Adauto veio aqui para casa e eu estava na mesa da sala de jantar, colocando minha lente de contato. Coloquei a lente gelatinosa na mão e coloquei soro e lavei e logo após coloquei no olho. Mostrando ao Adauto todos os passos que eu fazia, derreado sobre a mesa ele só dia humrum . Assim que eu colocava a lente dizia: está vendo a lente no meu olho? Ele: não.

Então, eu tirava a lente e repetia todo processo , fiz isso três vezes e todas as três Adauto dizia que eu estava enganando a ele. Por mais que eu negasse e explicasse, ele se recusava a ver. Mas, eu só fui sentir o tamanho do drama quando ele disse: você está me enganando, não tem nada nos seus olhos, o homem nunca foi a lua tudo mentira!

Nesse momento parei! Fiquei pensando no quanto era difícil para ele compreender algumas coisas. E, quando ele misturou com a lua, vi que não via a lente porque não queria admitir.

Se ele não queria entender, cabia a mim respeitar isso! 5

Lembrei de mim mesma, logo no início do fax é um amigo disse ter de ir passar um fax é comentou como era engraçado que um aparelho pudesse passar um documento para qualquer lugar do mundo. E, porque eu nunca tinha ouvido falar, internamente duvidei.

Se para mim era difícil acreditar, imagine explicar um fax ao Adauto. Não ia acreditar mesmo!

Eu tive bastante compreensão , porque lembrei de minha própria incredulidade.

Adauto, sempre vinha visitar papai, eram compadres.

Adauto insistiu para papai colocar um negócio de material de construção, como papai não quis, ele colocou e ficou muito bem de vida. Vinha aqui de carro dele, com motorista. Pense!

A gente brincava ele ria e dizia: Célia, eu disse muito para Se. Queiroz colocar um depósito. Ele não quis, coloquei. E, eu dizia: tá certo!

Quando mamãe fez cirurgia de catarata, ele veio visitar. A médica havia dito a mamãe que teria de ficar uma semana sem lavar o cabelo. Adauto veio visitar e mamãe perguntou a ele: Adauto, quando você fez essa cirurgia teve de ficar uma semana sem lavar o cabelo? Adauto: não comadre.

Assim que Adauto saiu, mamãe foi ao banheiro tomar banho e saiu com a cabeça molhada, e eu fiquei agoniada. Mamãe, faça isso não! A médica avisou! E ela ainda falhou comigo.

Quando papai faleceu, Adauto sofreu muito! Mas fez a maior homenagem que ele podia fazer, no enterro do meu pai, ele cantou o hino que papai mais gostava e o filho dele leu uma passagem bíblica. Adauto disse palavras valiosas para um bom amigo. Os dois devem estar juntos no céu.

Meu querido amigo Adauto, presto aqui minhas homenagens a você! Com muito bem querer! Que a paz do Senhor esteja contigo!

Celia Barreira Queiroz

celia barreira queiroz
Enviado por celia barreira queiroz em 06/12/2017
Código do texto: T6191353
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.