A INTIMIDACAO

Tenho, por aqui, procurado diariamente refletir, com os que me dão a honra de ler as crônicas que publico, sobre os diversos aspectos do comportamento humano. Hoje vou tratar de uma atitude a que estamos, de vez em quando, sendo obrigados a enfrentar: a intimidação. É aquela situação em que somos vítimas de ameaças, sejam físicas ou verbais. A tentativa de alguém querer nos forçar a fazer algo que não queremos ou nos intimidar de realizar alguma ação que contraria o intimidador.

Antes de tudo, é preciso que se diga, a intimidação pela ameaça se constitui crime, porquanto motivada pelo interesse em invadir, perturbar ou restringir a liberdade e a privacidade de alguém. É também uma forma, consciente ou inconsciente, de uma pessoa querer subjugar outro às suas vontades, pela indução do medo. O objetivo é acuar o ameaçado, tê-lo como uma presa, psicologicamente dependente das suas ordens e determinações, sob pena de sofrer castigos, ser penalizado se desobediente.

Normalmente a intimidação provoca, num primeiro momento, uma sensação de insegurança, reconhecendo a possibilidade dos perigos que a ameaça pode causar, se efetivada. Quando o sujeito promotor da intimidação percebe que tirou a paz de espírito e a tranqüilidade pessoal da vítima, ele se encoraja e parte para outras estratégias capazes de atemoriza-lo ainda mais.

O que precisamos ter cuidado é de verificar se as ameaças são verdadeiras ou apenas uma forma agressiva de querer impor suas vontades. A carga ameaçadora nem sempre merece credibilidade, embora não devam ser considerados seus efeitos, se executada.

Portanto, a melhor reação a uma intimidação é não manifestar medo, pânico, pavor, quando ela vem no intuito de atingir o seu sossego. Adotar as precauções que se fizerem necessárias, mas sempre na calma e sem desespero. Vale a pena considerar um velho ditado popular que diz: “cão que ladra, não morde”. A intimidação é a arma dos que não têm argumentos ou razões para convencer o outro a concordar com o que deseja. Muitas vezes as ameaças têm efeito bumerangue.

• Integra a série de crônicas do livro “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.

Rui Leitão
Enviado por Rui Leitão em 06/12/2017
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