Quantas vidas temos?

Se você já viu a vó pela greta, não estranhará essa pergunta. Por outro lado, se nunca esteve diante a greta vendo a vó, pode ser que não tenha vivido o bastante. De qualquer forma, não será difícil acreditar que viver o bastante possa ser o mesmo que ter experimentado todos os sabores de sorvete e saber que nenhum é recomendado.

Viver o bastante pode significar já ter caído de bicicleta; ter batido o carro em algum cruzamento; e de preferência ter aprendido a nadar até perder o fôlego. Está certo, vale colocar na lista viagens ao exterior, seja de avião ou navio; ter fumado umas coisas e ter perdido outras.

Quanto destas coisas já fizemos? Quais destas coisas teve oportunidade de fazer Deyse Felix, Gilberto Dantas, e outros amigos? E Belchior chegou a se livrar do medo pelo caminho, depois de tantas canções gloriosas? Passei o domingo ouvindo velhas entrevistas dele. Foi bom. Quando se trata de artistas, há sempre uma forma sensacional de matar a saudade. E quando se trata de pessoas como nós?

Fica o vazio de nem saber direito o que aconteceu com Deyse Felix, para quem ofereço este texto. Antes que nossa vida nos abandone escafedida, só nos resta adicionar a ela, momentos de prazeres. E momentos de prazeres foi o que nos ofertou Deyse, com seu carisma e maravilhosa presença virtual sites afora. Nossa, Deyse!!! Que pena que você foi embora. Será que não passa de um mal-entendido? Você não teria aí mais uma vida de sobra?

Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 06/12/2017
Reeditado em 06/12/2017
Código do texto: T6191962
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