A modernidade e o Inconformismo

Um assunto que não se fala muito, afinal é algo hoje tão corriqueiro, é o fato de que poucas mães ficaram paradas no tempo… Mas no caso a ser narrado aqui, foge-se um pouco do que geralmente serve de evidência dessa “modernidade”. Afinal o que vemos hoje?! As mães saem para bailar, usam roupas modernas, entram na ginástica ou aulas de dança, ainda tem aquelas que, já separadas de seus antigos cônjuges, passam a namorar garotos ou homens mais novos do que elas. O que não cabem julgamentos aqui, ok?!

Eu vejo que isso acaba sendo até um tipo de padrão entre as mulheres nascidas entre os anos 40 e 60. Quem diria, heim?! (Risos)… Elas estão a deixar as ditas “novinhas” nos chinelos. Enfim…

Vamos ao assunto… Sabem aquela história das exceções?! Pois então, Mamys se trata de uma delas. Vou explicar… Separada há alguns anos, aposentada, sem nada que a prenda, pensamos assim... Ela vai cair no mundo!!! Absolutamente não!

Moradora de um apartamento, ou deveria chamar de apertamento?! Mamys se tornou uma compulsiva em comprar. Sim, isso mesmo, consumir. Porém apesar de fazer isso de forma geral, pois parece uma espécie de terapia, por exemplo gastar quatro horas no mercado. Um de seus vícios é inusitado. Por ano, essa senhoura compra uns 2 ou 3 exemplares do tal vício. Vou explicar...

Acordo pela manhã e numa dessas conversas bobas, ela me mostra em seu celular (olha a modernidade... risos), sua próxima aquisição para os próximos dias.

- Filha, ainda preciso organizar umas coisas, mas logo comprarei um desse para cada. O que acha?! (aquele momento em que passam vários desejos em sua mente e bate aquele medo de olhar o que é de fato, apesar de já desconfiar).

- Ela fala em tom de quem pretende me acalmar e convencer a esperar, como se euzinha estivesse suplicando um desses...

O que mãe?! Pergunto eu.

- Esse aqui. (mostra com ar sério).

- Ah sim. Claro… (aquela cara de quem está empolgada, só que não). Sempre quis, mãe! (Tom irônico e uma tensa troca de olhares).

- Mas não agora, ok?! (com um sorriso já sem graça, mas tom determinado).

- Mãe, eu não entendo de verdade. Mas tudo bem… Se quer, compre!

Pois bem, parece aquelas conversas de quem no fim não fará nada. Mas acreditem, ela fará! Comprará mais dois guarda-roupas pra esse “apertamento” em que as vezes chamamos de apartamento. (Risos).

Mas quem pode deter um vício de uma mãe?! Eu nem me atrevo! Afinal, da modernidade, essa é uma bem curiosa, vocês não acham?! Pensando aqui em pedir um “auxílio roupa” pra preencher tantos móveis desses. Vai que cola?! (Risos marotos).