Cada tic tac uma etapa

Ao ver o tempo passar me vem na memória as cronistas de Luiz Fernando Veríssimo, Martha Medeiros, Xico Sá, Walcyr Carrasco, Ivan Martins.

As melhores crônicas que li, ou talvez as que mais prenderam a minha atenção falavam sobre coisas aparentemente banais, vindas de um cotidiano real ou imaginário, de substâncias originais: com vida própria e independente de qualquer padrão que a sufocasse no espaço temporal. Costumamos chamar de liberdade essa criação independente de rótulos.

Cada dia se escreve e doa-se ao mundo. Momentos que podem ser curtos mas são fortes, que nos faz refletir sobre o que queremos deixar, para quem, e como gostaríamos de ser lembrado e interpretados. Transformar a vida todos os dias, como uma construção que vai se erguendo, se ampliando e ficando rico de responsabilidade, isto se faz necessário. É como pisar em ovos. A vida pode até nos derrubar, mas somos nós quem escolhe a hora de se levantarmos. E com o passar dos tempos aprendi que na verdade só há dois tipos de pessoas: aqueles que estão com você, e aqueles que estão contra você. Aprenda a reconhecê-los, pois eles são frequentemente e facilmente confundidos um com o outro. Também aprendi que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas sim reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios e perdas e que não devo me importar com comentários que não vão mudar minha vida. Assim mesmo que tempo passa eu curto seus enredos e fantasias.

Jova
Enviado por Jova em 13/12/2017
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