Tenha paz

Entender a mente humana talvez seja o desafio que ninguém ousou tentar desvendar. Desde a época de Da Vinci, quando cadáveres eram furtados nas madrugadas, levados para salas subterrâneas e abertos como método de estudo, apenas garantiram-se descobertas anatômicas. Descobertas essas que, futuramente, geraram grandes prêmios Nobel, grandes publicações em revistas renomadas, grandes “nomes” que contribuíram para a evolução da medicina. Claro que estas descobertas são feitos consideráveis, onde estaríamos se algum dia alguém não tivesse roubado um cadáver em busca de respostas? Mas, talvez, a falha tenha sido ao estudar apenas corpos.

Então você se pergunta sobre as descobertas psiquiátricas e questiona todos aqueles amigos que fazem terapia para lidar com o grande estresse que lhes é imposto. Métodos paliativos para conviver com o que nunca ninguém entendeu. Cada dor é uma dor. Cada alma é uma alma.

Falta-nos exercício diário de viver os bons sentimentos, de renovar os ciclos e saber administrar que nem todo sabor é bom. Nessa época de fim de ano, parei para balancear tudo aquilo que fez parte de mim no prazo de 365 dias, envoltos de muitos sentimentos, em sua grande maioria não necessariamente meus, mas que refletem diretamente nas ações e palavras que vibram juntamente ao meu estado de espírito. E aí eu percebi a necessidade de saber identificar o que é plausível a deixar me levar.

Pense comigo, de que vale a pena julgar ou destratar uma pessoa porque alguém próximo de você não gosta dela? Qual a necessidade de guardar as situações que não nos agradam, alimentando uma grande parcela de rancor e ódio enquanto temos a opção de manter um diálogo? Porque reclamar de mais um dia de trabalho, quando temos a opção de trabalhar?

É bem clichê citar que existem pessoas em situações muito piores, mas é, ao mesmo tempo, bastante real. Mas não basta apenas ter gratidão por estar melhor que elas. O que você faz para ajuda-las?

Uma frase, mais clichê que a situação acima, marcou meu pensamento alguns dias atrás que dizia: “Quem tem luz própria, incomoda quem está no escuro”. No entanto, é necessário criar a maturidade de saber enxergar que nada adianta ser luz se não souber iluminar o caminho de quem está ao seu lado. Quem tem luz sozinho, não tem nada. Seja grato, seja paciente, seja racional. Não boicote sua existência carregando uma grande mochila de assuntos mal resolvidos. Não leve para o amanhã as dores que ficaram no passado. Encare os obstáculos e trate tudo e todos com leveza, porque o peso do mundo não foi atribuído para alguém carregar.

É importante lembrar de regar os detalhes e prestar atenção nas pequenas flores. Alimente a prosperidade, exercite a gratidão. A vida é uma dádiva e cada um só distribui aquilo que tem.

Gabrielle Benatti
Enviado por Gabrielle Benatti em 20/12/2017
Código do texto: T6203997
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