E MAIS VIDA POR AI DE PAULO FOG

DESDE CRIANÇA - Demonstrei um certo tato por trabalhos domésticos, isso fez com que em casa minha vida se tornasse um certo mar de lutas.

Minha irmã, mais velha, para lá de 10 anos diferença, criava piadas e anedotas das piores a meu respeito.

Assumo, sempre tive um lado feminino mais aflorado.

Gostava de ver as mulheres se amquiarem e usarem aqueles vestidos que minha mãe confeccionava.

Meu pai fazia de conta não ver nada, até que começaram os comentários.

Certa vez em um trabalho dele ao qual fui seu auxiliar, a vizinha do serviço fez uma certa amizade comigo, entre papos e outros me jogou a pergunta que me causou calafrios.

Você gosta de meninas ou meninos?

Demorei muito para responder e quando disse que de meninas, casa, nem a mim fez acreditar.

Depois disso ela falava com o seu marido e me olhava de um jeito diferente, ela tinha 2 filhos, um casal, deixava que eu brincasse com eles até que um dia numa dessas brincadeiras resolvemos brincar de super heróis, eu logo quis ser o vilão mais a mãe dos garotos fez minha cabeça para ser a vilã.

Não deu outra entre gritos e ataques de lasers me soltei e realizei um sonho.

Ela da janela de sua casa olhava aquilo quando seu esposo chegou mostrou a ele meus gestos ali naquele monte de areia e o cara disse que não queria ver seus filhos brincando com um viadinho.

Aquilo me cortou, não foi o primeiro ato de crueldade que eu já havia sido vitimado porém foi algo que me marcou, feriu e me causou grandes danos.

No outro dia, ela me chamou e disse que eu poderia brincar com seus filhos mais não poderia na hora de almoço e quando seu marido viesse do trabalho.

Lhe disse que tudo bem, porém meu coração já estava grandemente magoado com tudo aquilo, resolvi me afastar deles.

Ja perto de meu pai entregar o serviço, o marido daquela mulher fez em diálogo a meu pai o pedido de deixar que eu brincasse com os filhos dele.

Fiz de tudo para não aceitar, porém fui vencido por meu pai.

Brincamos, eu ali travado quis terminar com todas as brincadeiras e chances de alegria, eu sentia que de certa forma aquilo não iria acabar bem.

Certo momento a menina me pediu que brincassemos de heróis, senti um calafrio na minha espinha mais por fim aceitei.

Aceitei e brincamos ali no monte de areia, quando em certo momento olho para um pé de manga ali embaixo, meu pai e o pai das crianças.

Ele veio até mim e num safanão me trouxe para si daí em diante ele me bateu muito e dizia coisas horríveis dentre estas que não havia criado filho viadinho, bixa.

Apanhei muito dele ali mesmo, do outro lado eu vi a mulher com os filhos rindo de minha tragédia familiar, o homem me olhou com tanto ódio que depois cheguei a vomitar.

Talvez seja estas e outras que me fizeram perder a esperança e o amor pelos meus semelhantes.

16122017 ...................................

NATAL, NATAL LEMBRA FESTAS E FESTAS, BEM - Isso já se fez em mais de 20 anos atrás.

Ainda morávamos na rua Salvador quadra 13, foi ali que meu pai decidiu que tínhamos de nos mudar para uma hedícula de 2 quartos, cozinha e sala, banheiro, uma área enorme e um abacateiro frente e um pé de mangas depois.

Com o tempo meu pai ganhara várias mudas de cítricos da prefeitura.

Foi feito um lindo pomar de laranjas e limões.

Mas indo a estória, certa vez mudou-se na casa da frente uma família bem peculiar.

A mulher era um tanto problemática porém não causava danos, eu particularmente amava tomar café da tarde na casa dela.

Fora os filhos homens, eles tinham além da maior que trabalhava em São Paulo, a caçula, minha amiga.

Ali brincávamos de todas as brincadeiras, principalmente fazíamos bolinhos de lama e saladas com as folhas do jardim da casa, o que gerava uma revolta da dona dali.

Nossa os bolinhso de chuva que D C fazia eram uma delicia de se degustar até dizer chega.

Chegando perto dos 6 anos fora feita uma festa de aniversário para a caçula L.

Coloquei a melhor roupa que tinha, comprei o presente e fui, brincamos muito e tomei tanto suco e refri que fiquei com a barriga enorme.

Lá pelas 7 da noite, resolveu-se cortar o bolo, todo enfeitado e rodeado por centenas de brigadeiros.

Quando apagou-se a luz para cantarmos o tão inesquecível parabéns, começaram-se os furtos de brigadeiros.

Eu fui o primeiro a denunciar e quando a luz fora acesa, nossa quase a metade fora tirado ás pressas por mãos ájeis e pequenas.

A L, aniversariante abriu o maior berreiro e D C, sua mãe fez que cantássemos o parabéns com a luz ligada.

Cara que delicia, ao fim descobriu-se que os furtos de brigadeiros se deram pela aniversariante e um vizinho da outra quadra de nome R.

Gente só foi descoberto pois que ambos passaram o resto da noite com dor de barriga.

Ah tempo maravilhoso, dias inigualáveis, sem pc, tablet, celular, só as brincadeiras de rua e a real boa amizade.

20122017 .................................

paulo fogaça
Enviado por paulo fogaça em 21/12/2017
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