O PREJULGAMENTO

O prejulgamento é tão grave quanto o preconceito. Existe uma afirmação do Padre Fábio de Melo que define bem essa interpretação: “A pessoa vê a capa e acha que leu o livro. Cuidado, o julgamento preconceituoso pode lhe privar de perceber a verdade”. O hábito do prejulgamento é cada vez mais usual no mundo contemporâneo. As atitudes de prejulgamento induzem à suspeição, por que são adotadas a partir das aparências, sem a devida comprovação da veracidade das informações recebidas.

Temos uma facilidade muito grande de julgar as pessoas pelas circunstâncias, influenciados por deduções alheias, sem que sejam originadas da nossa própria consciência. E o pior é que essas posições críticas se tornam implacáveis, rígidas, inflexíveis, como se fossemos donos da verdade.

Nenhuma informação pode ser utilizada para condenar alguém sem que antes lhe seja dado o direito de se defender e que se findem as investigações que ofereçam uma conclusão que revele a verdade dos fatos. A maior injustiça é um julgamento precipitado. É quando nosso olhar analisador surge com a predisposição para condenar por antecipação.

Levados pelo lado emocional costumamos pensar e verbalizar proferindo sentenças condenatórias antes de constatarmos reais motivos para penalizar alguém. Não faz mal algum adotarmos cautela nesses procedimentos de deliberar em desfavor de outro, sem que antecipadamente façamos uma análise cuidadosa e justa do que estamos avaliando. Isso fará com que emitamos nossa opinião de julgamento com a consciência tranqüila.

• Integra a série de textos “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.

Rui Leitão
Enviado por Rui Leitão em 10/01/2018
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