"CTRL + C ando"

CTRL + C e CTRL + V. Facilidade a minha e a nossa de copiarmos uma letra de música "Pink Floydiana"; colá-la-ei nas páginas anêmicas do Microsoft Word. Fora de cogitação recorrer ao "Del" no momento em que dirijo-me à sacada, portando as mais lindas e galanteadoras vestimentas da época, para escutar uma declaração de amor à francesa. Agora, vez do "ENTER"! Estou farta de dançar a noite inteira com um "italiano troppo speciale"; o mesmo costuma referir-se a mim utilizando-se da palavra "bella donna". "ESC, ESC, ESC"... E o meu computador está totalmente maluco!

A tela permanece sem incidência solar; SOCORRO, estou junto a uma escuridão sem nexo, que acabou por engolir todas as páginas anêmicas que eram "pink floydianas". Uma escuridão infinita como a característica das madrugadas não-estreladas. Parece que houve um curto-circuito na minha vida e, enfim, ao acaso, retornei a meu mundo "aportuguesado"; deito-me na cama, em meio à tal solidão saturada. "NO MUSIC"! É como se as músicas brasileiras não carregassem mais os mesmos significados. Uma rosa não é, necessariamente, vermelha; a água está sumindo, da mesma forma como o amor se destrói, esquecendo-se nos necessitados. Por favor, precisamos de todos os "CTRL + C" existentes. Eu quero ÁGUA, eu quero ÁGUA! Os sonhos não surgem... Em qual planeta eu vivo que o mesmo me impossibilita de sonhar? A vontade que eu tenho é a de clicar em "BACK", mantendo a tela do computador com suas 1.000.000 de cores, capazes de estourar a retina dos cegos que passam 24 horas do dia em companhia às bengalas.

É fatigante depender de uma madeira fina, apropriada às mãos dos indivíduos e fundamentais para prendê-los ou, melhor dizendo, a fim de trancá-los a sete chaves, criando limites de passos nas ruas, casas e, o pior de tudo: nas próprias cidades. Passos que constróem histórias.

Deus do céu! O que as tão variadas 1.000.000 de cores e a memória do integrante do mundo dos "pós mágicos" são capazes de fazer com a minha pessoa! Eu realmente não sei!