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O Posto Fiscal Elo, se situava na divisa entre o estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, na região de Chapadão do Ceu.
O Chapadão do Céu, era e é um grande produtor de soja, milho e outros.
Chapadão do Ceu, na época, por volta de 1990, estava em crescimento populacional e de produção agropecuária e logo se tornou um Município
Eu fazia escala, no Posto Fiscal, com outro colega, pela Delegacia Fiscal de Jataí.
Saíamos de Goiânia, chegávamos em Jataí, daí, um motorista nos levava, até o Posto Fiscal, mas antes, passávamos em Chapadão do Ceu, onde comprávamos os mantimentos, para a estadia no Posto.
O prédio do Posto, tinha energia solar, agua de poço e Rádio amador para comunicação.
Comunicávamos por código, como: QAP - Está na escuta? QRA - Qual seu nome operador? QSJ - Pra falar em valores, tipo O Pagamento saiu?
QSL - Acusa o recebimento?
Um fato interessante:
Aconteceu, entre1970 e 1980, quando um Piloto de avião, trazia uma pessoa ali para a região e sobrevoando a área, ele gostou tanto das terras e disse: ainda vou comprar umas terras aqui em baixo.
O passageiro ficou rindo dele e não acreditou.
Alguns anos depois, o Piloto se tornou um grande lavorista.
Na época, a terra nua era barata, alí na região do Chapadão do Ceu.
Um fato engraçado:
Era noite, ouvíamos a Voz do Brasil, no rádio e de repente escutamos um barulho, no quintal do Posto, então fomos averiguar. Peguei meu Revólver 38, o colega levantou e pegou uma carabina escopêta 12, de propriedade da Delegacia Fiscal, uma lanterna e abrimos a porta dos fundos. 
Eu disse: Você vai na frente e eu vou atrás.
Ele disse: não vejo ninguém...
Mas, logo avistamos um bicho, em cima de uma árvore e estava assustado.
Pensei...Mas não tinha cachorro alí... para acuá-lo.
Não conhecia aquele bicho, então fui espantá-lo, com uma vara.
O bicho, levantou a bundinha de pelos e jogou um líquido fedorento em mim. Fiquei vários dias com mau cheiro. O animal, era uma Jaratataca.
O Colega: kkk...riu de mim, até engasgar.
Quase atirei no bicho, de raiva.
Outra noite, ouvi um barulho no mato, pensei que fosse ladrão, pois tínhamos um Cofre no Posto, para guardar o dinheiro dos recolhimentos de Impostos. Daí, peguei meu Revólver e dei uns cinco tiros no rumo do mato.
Nem precisou usar a Escopeta, calibre 12.
Se era um bicho, acho que ficou assustado...
Se era um ladrão, ele ficou preocupado.

Em Posto Fiscal, o inesperado, sempre acontece.

 
Jaime Teodoro
Enviado por Jaime Teodoro em 06/02/2018
Reeditado em 25/02/2019
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