Cuba, ódio e paixão

Acho que nenhum país do mundo é tão comentado quanto Cuba. É tema constante dedebates, mesas redondas, seminários e toda sorte de escritos.Livros e mais livros foram escritos sobre a Ilha de Fidel. E a polêmica continua, causando ódio e paixão. Moedas que causam o mesmo efeito, a parcialidade, a irreflexão, o nada. Há exagero de críticos e defensores.

Digo isso porque Cuba não é mesmo um paraíso, há indiscutivelmente restrção à liberdade total de expressão, não há o consumismo, falata artigos da moda e tcnológicos, é um país diferente dos chamados ocidentais.

Mas, por outro lado, Cuba não é um inferno. Pelo contrário: estatísticas da ONU, da Unesco e até do governo dos EUA afirmm que seu IDH é alto, não há epidemias, a saúde é de alto nível, não há fome, desemprego e nem tampouco violência, assaltos, balas perdidas e outras mazelas que há em outros países ditos democráticos e livres.

Gosto das pessoas sensatas e capazes da crítica justa, mesmo sem se basear em dados de pesquisas, mas que falam por ser testemunhas oculares. Falei aqui de uma amiga minha, coxinha assumida, batedora de panelas e direitista convicta, que esteve recentemente em Cuba. ontei que ela me disse irônica que quando chegou em Havana se sentiu como o personagem do filme "De volta para o futuro", quando ele chega ao passado nos anos 60 e vê aqueles carros antigos, aqueles prédios velhos... Ela teve um choque, mas foi justa: disse que procurou paca mas não encontrou nenhum mendigo, nenhuma criança abandonada nas ruas e nenhum esfomeado. Disse mais: que o povo é alegre e parece feliz. Tdo bem, escritotes, músicos, professores, esquerdistas á me tinham dito isso, mas essa amiga é uma testemunha ainda mais importante: ela aé da direita, honesta, viu o país, esteve lá mais de 15 dias, não numa excursão, mas pessoalamente, foi em vários lugares sozinha, falou com as pessoas, fala fluentemente o espanhol. Diz que o país vive nos anos 60, atrasado, mas não há problemas de educação, saúde, alimentação e nem violência.

Vejo pessoas lascando o pau em Cuba injustamente, sem motivo nenhum, até Obama rconheceu os avanços cubansos, o papa, pessoas imparciais, dizem os problemas mas afirmam e reconhecem os avanços. O próprio grande romancista Leonardo Padura, dissidente, talvez o melhor romancista do mundo no momento, veam as declarações dele sobre seu país, Cuba. Perguntem se ee quer morar fora de Cuba.

Fico pensando nos que falam que existe fome em Cuba e esquecem o nosso país, como se nçao houvesse fome aqui. Há, háfome, desnutrição, saúde precária, analfabetismo (em Cuba não há um só analfabeto), viol^rncia diuuturna... Veam bem, vou ser direto: se não fosse o progrma Bolsa Família, criado pelo Lul, que retirou milhões de irmãos nossos da miséria absoluta, continuaria na cidade a procissão dos esfomeados pedindo esmola por amor de Deus. Na amianha regiao, isso só teve fim dquando Lula assumiuo governo. Duvido que alguém da minha região diga que não é verdade.

Que se critique Cuba, mas com imparcialidade, também sem omitir o que de errdo ha no nosso país. Não podemos criticar os outros se temos problemas de estrutura que, por exemplo, Cuba nao tem. É preciso ser verdadeiro, falar as coisas com base e se raiva. Vou repetir o verso do Chico que cai como uma luva para responder a essa raiva de Cuba: "Filha do medo, a raiva é mãe da covardia". Hasta Luego ou inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 16/02/2018
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